Rubens Barrichello: Carreira na F1, conquistas e grandes momentos no esporte

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Rubens Barrichello é um renomado piloto de automobilismo brasileiro. Ele é conhecido por sua longa e bem-sucedida carreira nas pistas, tendo competido em diversas categorias, incluindo a Fórmula 1, Fórmula Indy e Stock Car Brasil. Na F1, chegou a bater alguns recordes, que depois acabaram superados pelos pilotos mais jovens.

Barrichello iniciou sua carreira no kart e rapidamente se destacou, conquistando diversos títulos nacionais e internacionais. Sua habilidade e talento chamaram a atenção da comunidade automobilística, o que lhe abriu as portas para o automobilismo profissional.

Em 1993, estreou na Fórmula 1 pela equipe Jordan, tornando-se o piloto brasileiro mais jovem a competir na categoria até então, com 21 anos. Em 2000, foi contratado pela icônica Ferrari, onde atuou como companheiro de equipe de Michael Schumacher. Durante seus anos na scuderia italiana, conquistou sua primeira vitória na F1 em 2000, no Grande Prêmio da Alemanha.

Após sua passagem pela Ferrari, competiu por outras equipes, como Honda, Brawn GP e Williams. Ele demonstrou consistência e teve várias performances de destaque ao longo de sua carreira, acumulando um total de 326 corridas disputadas, o que o torna um dos pilotos mais experientes da história da categoria.

Em 2012, Rubens Barrichello migrou para a Fórmula Indy, onde competiu pela equipe KV Racing. Posteriormente, em 2013, ingressou na Stock Car Brasil, principal categoria de automobilismo do país. Ele se destacou rapidamente, conquistando vitórias e se tornando um dos principais competidores da categoria. Em 2014, ele venceu a “Corrida do Milhão”, uma das provas mais prestigiosas da Stock Car, e em 2014 e 2022, sagrou-se campeão.

Além de suas conquistas nas pistas, ele também é conhecido por seu carisma e simpatia, sendo admirado por fãs em todo o mundo. Sua contribuição para o automobilismo brasileiro e sua longa carreira nas pistas o tornaram uma figura icônica do esporte a motor.

Quem é Rubens Barrichello?

Rubens Gonçalves Barrichello, nascido em São Paulo em 23 de maio de 1972, é um renomado piloto de automobilismo e apresentador brasileiro. Ele detém o recorde de ter participado do mundial de Fórmula 1 por mais tempo de forma ininterrupta, competindo entre os anos de 1993 e 2011, o que o tornou um dos pilotos mais experientes na história da categoria.

Além disso, Barrichello foi presidente da Grand Prix Drivers’ Association (GPDA), associação que representa os interesses dos pilotos de Fórmula 1. Desde 2014, também atua como um dos apresentadores do programa Acelerados, tanto na versão online, no YouTube, quanto na televisão, atualmente transmitido pela Band.

Entre os anos de 2000 e 2005, pilotou para a Scuderia Ferrari, sendo companheiro de equipe de Michael Schumacher. Durante esse período, obteve grande sucesso, conquistando o vice-campeonato em 2002 e 2004. Com a aposentadoria de Schumacher no final de 2006, Barrichello se tornou o piloto mais experiente do grid e, no Grande Prêmio da Turquia de 2008, alcançou o recorde de 257 largadas na Fórmula 1, tornando-se o piloto com o maior número de corridas disputadas na categoria.

Em 2010, no Grande Prêmio da Bélgica, atingiu a marca impressionante de 300 GPs disputados. Barrichello também foi responsável por conquistar a centésima vitória brasileira na Fórmula 1, no Grande Prêmio da Europa em 2009. Naquela corrida, voltou a ganhar após cinco anos sem subir no lugar mais alto do pódio.

Após competir pela Brawn GP em 2009, foi confirmado na equipe Williams para as temporadas de 2010 e 2011, estabelecendo o recorde de maior número de temporadas ininterruptas disputadas. Em 2012, após ser substituído por Bruno Senna na Williams, Barrichello não encontrou oportunidades em outras equipes e, portanto, não disputou o campeonato naquele ano.

Em 2014, Barrichello estava programado para fazer algumas corridas de despedida na Fórmula 1 pela equipe Caterham, incluindo o Grande Prêmio do Brasil. No mesmo ano, ele sagrou-se campeão da Stock Car Brasil, em seu segundo ano completo na categoria. Em 2022, conquistou o bicampeonato da Stock Car, tornando-se o campeão mais velho da categoria aos 50 anos de idade.

Carreira de Rubinho na Fórmula 1

Em 1993, Rubens Barrichello deu início à sua carreira na Fórmula 1 pela equipe Jordan. Nesse mesmo ano, ele foi vitorioso no evento Formula One Indoor Trophy. Em 1994, alcançou seu primeiro pódio no Grande Prêmio do Pacífico, em Aida, e conquistou sua primeira pole position no Grande Prêmio da Bélgica, realizado em Spa-Francorchamps.

Já em sua segunda temporada obteve a sexta colocação no campeonato, à frente de carros como os da Williams (pilotados por David Coulthard e Nigel Mansell), da Benetton (com Jos Verstappen e JJ Lehto) e da McLaren (com Martin Brundle). Vale ressaltar que na Benetton e na Williams houve revezamento no segundo carro, de modo que nenhum piloto disputou mais de 10 corridas na vaga de segundo piloto nessas equipes.

Em 1995, alcançou seu melhor resultado até então, conquistando o segundo lugar no Grande Prêmio do Canadá, realizado no Circuito Gilles Villeneuve. Esteve na Ferrari por seis anos e não conseguiu ser campeão, ganhando a fama de ficar em segundo muitas vezes. Ainda assim, é lembrado como um grande piloto, especialista em acertar carros.

Embora Barrichello tenha demonstrado ser um piloto competente, ele enfrentou o peso das expectativas da torcida brasileira em busca de um sucessor para Ayrton Senna, algo que ele não conseguiu alcançar, principalmente por não conseguir rivalizar com pilotos como Michael Schumacher e Mika Häkkinen ao longo dos campeonatos.

Passagem pela Stewart

Em 1997, após negociações complicadas com a Benetton, onde chegou a considerar a possibilidade de ir para a Fórmula Indy, Rubens Barrichello foi convidado por Jackie Stewart, para ser o primeiro piloto e auxiliar no desenvolvimento do carro. Desde o início, conquistou feitos notáveis, como um quinto lugar no grid de largada do Grande Prêmio da Argentina, um terceiro lugar no grid do Grande Prêmio do Canadá e um segundo lugar em Mônaco.

No ano de 1998, enfrentou dificuldades devido a um carro mal construído, o que resultou em muitas frustrações e apenas um quinto lugar no Grande Prêmio do Canadá como seu melhor resultado. No entanto, em 1999, a história mudou completamente. Com um carro excelente e um motor poderoso, conquistou três terceiros lugares, em Ímola, Magny-Cours e Nürburgring. Além disso, garantiu uma pole position no Grande Prêmio da França, sua segunda na carreira, e liderou por 23 voltas em Interlagos, até abandonar devido a um problema no motor.

Logo em seguida, recebeu uma proposta da McLaren, o que lhe proporcionou maior visibilidade no cenário automobilístico. No entanto, não aceitou o convite da equipe e preferiu ir trabalhar na Ferrari, que vivia um período de reconstrução.

Ida para a Ferrari e primeiras vitórias

Em 2000, Rubens Barrichello foi contratado pela Ferrari. Durante sua passagem pela equipe italiana, conquistou foi vice-campeão mundial em duas ocasiões e venceu nove Grandes Prêmios, incluindo sua primeira vitória na carreira no GP da Alemanha de 2000.

Durante suas seis temporadas na Ferrari, ocupou o papel de segundo piloto, pois Schumacher dominava uma era da Fórmula 1. Nesse período, o alemão tinha um contrato privilegiado em relação ao brasileiro, o que gerou muita controvérsia devido às ordens de equipe dadas a Barrichello para permitir ultrapassagens de Schumacher em momentos finais de algumas corridas, mesmo quando Barrichello estava em melhor posição na pista.

O incidente mais polêmico ocorreu no GP da Áustria de 2002, quando o brasileiro, após várias ordens da equipe, cedeu a posição para Schumacher a poucos metros da linha de chegada na última volta. Nesse dia, Michael, surpreso com a reação negativa dos torcedores e da imprensa, colocou Rubinho no lugar mais alto do pódio e lhe entregou o troféu de primeiro lugar. Posteriormente, a Ferrari foi multada em US$ 1 milhão pela FIA e as conversas entre pilotos e equipes foram obrigadas a serem transmitidas ao vivo durante as corridas, medida que permanece em vigor até hoje.

Rubens Barrichello conseguiu terminar como vice-campeão em duas temporadas do Campeonato Mundial de Fórmula 1, em 2002 e 2004. Em 2004, apesar de não ter conquistado o título, acumulou pontos suficientes para ser campeão em praticamente todas as edições anteriores da competição, tornando-se o segundo piloto com maior pontuação em um único campeonato na história da F1.

Honda e Brawn GP

Em 2006, Rubens Barrichello passou por um período de adaptação na equipe Honda, inicialmente tendo resultados inferiores aos de seu companheiro de equipe, o britânico Jenson Button. Ao longo da temporada, as performances dos pilotos se igualaram e eles alternaram melhores posições de chegada.

Em 2007 e 2008 a Honda montou um carro que não era competitivo, acabando apenas em 9º lugar e subindo uma posição na tabela graças a exclusão da McLaren. No ano seguinte, Rubinho conquistou três pódios, mas acabou o campeonato somente em 14º lugar, após sequer ter pontuado em 2007.

Após várias especulações sobre a saída da Honda da categoria devido à crise financeira mundial, que também resultou na saída das equipes Toyota e BMW em 2009, Ross Brawn adquiriu todos os direitos da antiga equipe de Fórmula 1 por um valor simbólico de uma libra. Assim, Rubinho, que havia sido considerado aposentado no final de 2008, foi confirmado para correr novamente em 2009 ao lado de Jenson Button na recém-criada equipe Brawn GP, equipada com os motores Mercedes.

Em sua primeira corrida pela Brawn GP, o Grande Prêmio da Austrália de 2009, Barrichello terminou em segundo lugar, com seu companheiro Button conquistando a vitória. Na segunda corrida da temporada em Sepang, Barrichello terminou em quinto lugar, recebendo apenas metade dos pontos devido à corrida ter sido encerrada com apenas 31 das 56 voltas programadas, devido a condições climáticas adversas.

No Grande Prêmio da Europa de 2009, realizado em Valência, Espanha, em 23 de agosto, Rubens conquistou sua primeira vitória na temporada, a 10ª em sua carreira e a 100ª vitória de pilotos brasileiros na principal categoria do automobilismo mundial. Em 13 de setembro, obteve sua segunda vitória em 2009, no Grande Prêmio da Itália, disputado no autódromo de Monza.

Em 17 de outubro, ele conquistou a pole position em casa, no Grande Prêmio do Brasil, marcando sua primeira pole do ano e a primeira em cinco anos, desde o Grande Prêmio do Brasil de 2004. Embora tenha terminado o GP Brasil na oitava posição, Rubens não conseguiu evitar que Jenson Button conquistasse o título da temporada de forma antecipada, eliminando a necessidade de levar a decisão para o Grande Prêmio de Abu Dhabi.

No GP de Abu Dhabi, a última corrida da temporada de 2009, Barrichello viu o alemão Sebastian Vettel conquistar o vice-campeonato ao terminar em quarto lugar, enquanto Vettel venceu a corrida. Barrichello encerrou o campeonato em terceiro lugar, somando 77 pontos.

Willians e aposentadoria da F1

Em 2 de outubro de 2009, a equipe Williams confirmou a contratação de Rubens Barrichello para a temporada de 2010, com opção também para 2011. Sua estreia pela nova equipe com o carro FW32 ocorreu no Grande Prêmio do Bahrein de 2010, em 14 de março, onde terminou a corrida na 10ª posição.

No início da temporada, recebeu elogios do diretor técnico Sam Michael por sua contribuição no desenvolvimento do carro. Seus melhores resultados na primeira metade da temporada foram um quarto lugar no GP da Europa, em Valência, e um quinto lugar no GP da Grã-Bretanha, em Silverstone.

Em 11 de novembro de 2010, foi confirmada a renovação de contrato de Rubinho com a Williams para a temporada de 2011. No entanto, a equipe enfrentou dificuldades durante a temporada. O carro apresentou problemas de projeto e a equipe teve dificuldade em entender o seu funcionamento. Foi um dos piores anos do time, e o último de Rubens na F1, sendo preterido a Pastor Maldonado, que levava a grana para a equipe.

Rubens Barrichello na Fórmula Indy

No dia 30 de janeiro de 2012, Rubens Barrichello participou de testes pela equipe KV Racing da Fórmula Indy, onde seu amigo pessoal Tony Kanaan competia. No dia 1º de março, durante uma entrevista coletiva de imprensa em São Paulo, foi oficialmente anunciada sua entrada na categoria. Ele ficou por lá somente um ano, terminando o campeonato com 289 pontos, em 12º lugar.

Sua estreia na Fórmula Indy ocorreu em 25 de março, no Grande Prêmio de São Petersburgo, na Flórida, onde Barrichello terminou a corrida na 17ª posição. Na etapa seguinte, no Grande Prêmio do Alabama, ele largou na 14ª colocação e conseguiu se recuperar, terminando a corrida em 8º lugar.

Em 7 de maio, o piloto teve sua primeira experiência em um circuito oval durante testes realizados no circuito Texas Motor Speedway, em Fort Worth, onde ficou em 11º lugar entre os 12 competidores. No dia 10, ele participou de testes no circuito oval de Indianápolis, destinados aos estreantes da categoria, e ficou em 4º lugar entre os 8 competidores.

Em sua participação na 95ª edição das 500 Milhas de Indianápolis, largou na 10ª posição e terminou a corrida em 11º lugar, liderando duas voltas. Ele foi o sexto melhor piloto com motor Chevrolet e o segundo carro da equipe KV Racing Technology, ficando atrás de Tony Kanaan (3º) e à frente de E.J. Viso (18º). Barrichello também foi o melhor estreante, superando James Jakes, Simon Pagenaud, Jean Alesi e outros nomes.

Rubinho campeão da Stock Car Brasil

Em 24 de setembro de 2012, Rubens Barrichello confirmou sua participação na última etapa da temporada da Stock Car Brasil de 2012, a convite da equipe Medley Full Time. No entanto, durante os primeiros testes realizados em 15 de outubro, foi divulgado que sua estreia na categoria seria antecipada para a segunda etapa em Curitiba.

Apesar de largar em 15º lugar, enfrentou problemas na largada e teve um pneu furado, o que o levou a terminar a corrida em 22º lugar. Em 27 de dezembro de 2012, Rubinho confirmou seu acordo para competir na temporada da Stock Car Brasil de 2013, novamente com a equipe Medley Full Time. No mesmo ano, conquistou seu primeiro pódio na categoria ao terminar em segundo lugar na etapa de Salvador.

Em 2014, Barrichello obteve sua primeira vitória na categoria ao vencer a “Corrida do Milhão”, disputada em Goiânia. Ele repetiu o feito em 2018, conquistando novamente a vitória na “Corrida do Milhão”, também em Goiânia.

Em 30 de novembro de 2014, aos 42 anos de idade, Barrichello sagrou-se campeão da Stock Car ao chegar em terceiro lugar na última corrida da temporada, realizada no Autódromo de Curitiba. Em 11 de dezembro de 2022, aos 50 anos, Rubinho conquistou seu segundo título na categoria ao vencer a última corrida da temporada, realizada no Autódromo de Interlagos, tornando-se bicampeão.

Apresentador de TV

Em 27 de agosto de 2014, Rubens Barrichello iniciou sua jornada como apresentador do programa “Acelerados”. Inicialmente, o programa era produzido e transmitido pelo YouTube, mas logo encontrou espaço na TV aberta, mais especificamente no SBT. Barrichello compartilhava a apresentação do programa com Cassio Cortes e Gerson Campos, formando uma equipe dinâmica.

O programa “Acelerados” era conhecido por seu conteúdo automobilístico de alta qualidade, envolvendo testes de carros, entrevistas com personalidades do automobilismo, cobertura de eventos e diversas aventuras relacionadas ao mundo dos motores. A combinação da experiência de Rubens Barrichello como piloto profissional e a paixão pela velocidade dos outros apresentadores trouxe uma perspectiva única para o programa.

No entanto, em 28 de fevereiro de 2021, os diretores do programa decidiram remodelar seu formato, o que resultou na saída de Barrichello, encerrando sua participação no SBT. Em 24 de junho do mesmo ano, Rubinho deixou oficialmente o canal de Silvio Santos. Apesar disso, uma semana após sua saída, o programa “Acelerados” encontrou um novo lar nas manhãs de sábado, passando a ser exibido pela Band.

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