Ayrton Senna: Como virou lenda, carreira na F1, acidente e resultados

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Ayrton Senna foi um lendário piloto brasileiro de Fórmula 1, amplamente considerado um dos maiores de todos os tempos na história do automobilismo. Ele teve uma carreira brilhante e conquistou três campeonatos mundiais de F1, em 1988, 1990 e 1991, todos pela McLaren. Ao longo da carreira, foi reconhecido por sua habilidade excepcional, sua velocidade pura e seu estilo de pilotagem agressiva, que o tornou uma figura adorada pelos fãs.

Além de suas vitórias nas pistas, também era conhecido por sua intensidade, comprometimento e busca constante pelo aperfeiçoamento. Ele era um piloto extremamente focado e dedicado, envolvido em questões de segurança na Fórmula 1 e filantropia em seu país natal. É considerado um dos maiores ídolos dos brasileiros, mesmo após décadas de sua morte.

Ayrton Senna deixou um legado duradouro no automobilismo e continua sendo uma figura reverenciada até os dias de hoje. Sua influência transcende as pistas, sendo um símbolo de paixão, coragem e excelência no esporte. O piloto é lembrado não apenas por suas conquistas, mas também por seu caráter e pelo impacto que ele teve no mundo da velocidade.

Quem era Ayrton Senna?

Airton Senna foi um piloto piloto de Fórmula 1 que nasceu em 21 de março de 1960, em São Paulo, Brasil, e faleceu tragicamente em um acidente durante o Grande Prêmio de San Marino, em 1º de maio de 1994, em Ímola, Itália. É considerado um dos maiores pilotos de todos os tempos na história da Fórmula 1.

Ao longo de sua carreira, alcançou um total de 41 vitórias em Grandes Prêmios e 65 pole position, números que o mantiveram entre os pilotos mais bem-sucedidos da Fórmula 1. Ele era conhecido por sua dedicação incansável aos treinamentos físicos e saudáveis, bem como por sua habilidade em extrair o máximo desempenho dos carros em que competia.

Além de suas conquistas nas pistas, Senna também foi admirado por seu trabalho filantrópico. Ele esteve envolvido em várias ações de caridade no Brasil, ajudando crianças carentes por meio de sua fundação. Foi grande amigo do narrador Galvão Bueno e namorou com as estrelas Xuxa e Adriane Galisteu, mantendo seu nome ainda mais em evidência, sendo um fenômeno no país.

A morte prematura de Airton Senna chocou o mundo do automobilismo e seus fãs ao redor do globo. Sua influência e legado perduraram até hoje, e ele é lembrado como um dos maiores ícones do esporte, cuja paixão, talento e espírito competitivo conquistou uma marca indelével na Fórmula 1 e no coração dos fãs de automobilismo.

Família de Ayrton Senna

Ayrton Senna nasceu na Maternidade de São Paulo, no bairro de Cerqueira César, em São Paulo. Seus pais eram Milton Guirado Theodoro Da Silva e Neyde Joanna Senna Da Silva. A mãe de Senna era descendente de imigrantes italianos, enquanto seu pai era filho de uma espanhola com um paulista. Ele adotou o sobrenome da mãe, Senna, como seu nome profissional, pois “Silva” é um nome comum no Brasil.

Durante sua infância, morou no Jardim São Paulo dos quatro aos 12 anos e depois mudou-se para o Tremembé. Desde muito jovem, já demonstrou interesse por automóveis. Seu pai, um entusiasta das competições automobilísticas, foi quem o incentivou nesse caminho. Aos quatro anos, seu pai montou seu primeiro kart, equipado com um motor de máquina de cortar grama. Aos nove anos, o garoto já conduzia jipes nas estradas das propriedades rurais de seu pai.

Na televisão, o jovem gostava de assistir ao anime Speed ​​Racer, que contava a história de um piloto de corridas. Essas influências e influências desde cedo despertaram sua paixão pelo automobilismo e seguiram em direção a uma carreira notável na Fórmula 1. Depois de sua morte, a irmã Viviane Senna conduziu o instituto que leva seu nome e outros negócios da família.

Namoros com Xuxa e Adriane Galisteu

Ayrton Senna teve cinco relacionamentos sérios ao longo de sua vida amorosa, sempre mantendo seu foco na carreira. Seus namoros foram com Lílian de Vasconcellos Souza, Adriane Yamin, Xuxa Meneghel, Cristine Ferracciu e Adriane Galisteu.

Senna oficializou seu casamento com Lílian em fevereiro de 1981. Após o matrimônio, ela passou a assinar Lílian Senna da Silva. O casal desfrutou de sua lua de mel em Chicago e morou juntos em Londres enquanto o marido competia na Fórmula Ford 1600. No entanto, a união durou apenas oito meses.

Após o divórcio de Lílian, o piloto começou a se relacionar com Adriane Yamin, que na época era uma adolescente de 15 anos e herdeira da empresa Duchas Corona. O relacionamento atraiu muita atenção, pois a menina era menor de idade e consideravelmente mais jovem que o piloto, sendo ele seu primeiro namorado. O relacionamento durou até o final de 1988.

Entre 1990 e 1991, o brasileiro teve um namoro com Cristine Ferracciu. A falta de compromisso em seus relacionamentos gerou especulações de que ele tinha pouco interesse pelo sexo oposto. Em 1988, Nelson Piquet insinuou em uma entrevista que Senna não gostava de mulheres, o que causava polêmica na imprensa. Desde então, sua relação com Piquet ficou abalada.

Após o termino com Adriane Yamin, ele teve um relacionamento com Xuxa, que durou de dezembro de 1988 até 1990. Ele também teve casos rápidos com várias mulheres, especialmente modelos, como Patrícia Machado, Vanusa Spindler e Marcella Praddo. Também teve um relacionamento com Adriane Galisteu, iniciado após o GP do Brasil de 1993, que durou 13 meses, até a trágica morte do piloto.

Carreira de Ayrton Senna no automobilismo

Ayrton começou sua carreira no kart ainda na infância, conquistando vários títulos nacionais e internacionais. Senna comprovou seu talento desde cedo e chamou a atenção das equipes de corrida.

Em 1984, estreou na Fórmula 1 pela Toleman. No entanto, foi em 1985, ao se juntar à Lotus, que ele começou a mostrar seu verdadeiro potencial. Lá, conquistou suas primeiras vitórias e se destacou por sua habilidade e competência. Senna venceu três corridas nessa temporada e se estabeleceu como um dos principais pilotos da categoria.

Em 1988, foi contratado pela McLaren, onde teve uma parceria lendária com o projetista de carros de corrida, Gordon Murray, e o piloto britânico Alain Prost, seu principal rival. Senna conquistou seu primeiro campeonato mundial de Fórmula 1 nesse ano, com oito vitórias em 16 corridas.

Nos anos seguintes, continuou a brilhar nas pistas, conquistando mais dois campeonatos mundiais em 1990 e 1991. Seu estilo de pilotagem agressivo, aliado à sua habilidade técnica e habilidade incansável, fez dele um dos pilotos mais icônicos de todos os tempos.

Além de seu sucesso nas pistas, também ficou conhecido por seu profundo envolvimento com questões de segurança no esporte. Ele desempenhou um papel fundamental na melhoria das medidas de segurança na Fórmula 1, buscando tornar as corridas mais seguras para os pilotos.

Infelizmente, a brilhante carreira de Senna foi interrompida de forma trágica em 1º de maio de 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino. Ele sofreu um acidente fatal enquanto liderava uma corrida. Sua morte abalou o mundo do automobilismo e deixou uma marca indelével na história do esporte.

Início no kart e primeiros anos

Ayrton Senna começou a competir oficialmente em provas de kart aos 13 anos. Sua primeira vitória oficial ocorreu logo na estreia, em julho de 1973, no Kartódromo de Interlagos, que atualmente leva seu nome. Em 1977, conquistou seu primeiro “Campeonato Sul-Americano de Kart” e repetiu o feito em 1980. Além disso, foi campeão brasileiro em 1978, 1979 e 1980, e venceu o campeonato paulista em 1974 (na categoria júnior) e 1976. Ele também foi vice-campeão mundial duas vezes, em 79, quando empatou em pontos com o campeão, mas perdeu no desempate, e em 80.

Ayrton conquistou seu primeiro título de campeão brasileiro de kart em 16 de julho de 1978, no Kartódromo de Tarumã, em Viamão, na Grande Porto Alegre. Competindo pela equipe “Sulam”, com 18 anos na época, venceu todas as provas, derrotando seu maior rival, Walter Travaglini. A competição contou com mais de 150 pilotos inscritos e cinco categorias diferentes. Na categoria “100 cc”, Ayrton competiu em três baterias, todas realizadas no domingo, totalizando 21 voltas.

No Campeonato Mundial de Kart de 1979, realizado no Estoril, usou pela primeira vez o capacete amarelo que se tornou sua marca registrada, pintura feita por Sid Mosca. Ele empatou em pontos com o holandês Peter Koene, e argumentou que o confronto direto na última das três finais deveria ser considerado para desempatar. Nessa prova, ele venceu com uma boa vantagem. No entanto, a organização interpretou o regulamento de forma diferente e declarou Koene campeão com base no resultado das semifinais, onde ele terminou em quarto lugar, enquanto Senna foi o oitavo.

Ida para a Europa e disputas em monopostos

Ayrton Senna começou a competir na Europa em 1981, vencendo o campeonato inglês de Fórmula Ford 1600 pela equipe de Ralf Firman. Apesar do sucesso, os Senna da Silva sentiram dificuldades financeiras e decidiram abandonar o automobilismo para administrar uma loja de material de construção da família. No entanto, em 1982, optou por retornar à Europa e remotou sua carreira.

Em 1982, foi campeão europeu e britânico da Fórmula Ford 2000. Destaca-se sua vitória histórica no Circuito de Snetterton, na qual sofreu com problemas nos freios dianteiros durante toda a prova. Ainda naquele ano, participou de uma corrida de celebridades em Oulton Park, na Inglaterra, e venceu a prova. Também fez sua estreia na Fórmula 3 Britânica, vencendo a corrida, conquistando a pole position e a volta mais rápida.

Em 1983, Senna ganhou o campeonato inglês de Fórmula 3 Inglesa pela equipe de Dick Bennetts. Ele teve uma disputa acirrada com o piloto inglês Martin Brundle, que foi acusado de usar um carro fora das especificações do regulamento. O recurso impetrado pelos pilotos foi julgado e Brundle foi condenado por unanimidade. No GP de Thruxton, usou uma tática incomum para vencer a corrida, fechando a saída de ar do radiador do óleo com fita adesiva para atingir a temperatura ideal mais rapidamente.

Além disso, em 1983, ganhou o prestigioso Grande Prêmio de Macau pela equipe Teddy Yip’s Theodore Racing Team. Essa vitória solidificou ainda mais sua confiança no automobilismo. Durante esse período, Senna conquistou uma série de vitórias e chamou a atenção da imprensa especializada, sendo comemorado pela mídia inglesa. Naquela época, já era muito famoso.

Testes na Fórmula e início da jornada lendária

Em 1983, Ayrton Senna teve suas primeiras oportunidades de testar um carro de Fórmula 1. Primeiramente, ele testou para a equipe Williams e impressionou ao bater o recorde da pista de Donington Park. Em poucas voltas, igualou o tempo do piloto de testes da Williams, Jonathan Palmer, e ao longo de 83 voltas estabeleceu o novo recorde em 1min00s5.

Em seguida, realizou testes para a McLaren, onde deixou uma forte impressão no chefe da equipe, Ron Dennis. Competindo com outros dois pilotos convidados, Martin Brundle e Stefan Bellof, Senna foi o mais rápido dos três em Silverstone.

Além disso, teve a oportunidade de treinar com a equipe Toleman, também em Silverstone, e mostrou-se mais rápido que o piloto titular da equipe, Derek Warwick, tanto em pista seca quanto em pista molhada. Em sua melhor volta, o brasileiro registrou o tempo de 1min11s05, que seria suficiente para alcançar o quinto lugar em uma corrida.

Esses testes com equipes de ponta da F1 comprovaram o talento excepcional de Senna e despertaram o interesse de muitos no paddock. Suas performances impressionantes estabeleceram as bases para sua futura carreira na categoria máxima do automobilismo mundial.

Ayrton Senna na Fórmula 1

Ayrton Senna teve uma carreira excepcional na Fórmula 1, repleta de grandes conquistas e momentos marcantes. Ele competiu de 1984 a 1994, representando times como Toleman, Lotus, McLaren e Williams. Durante esse período, se estabeleceu como um dos pilotos mais talentosos e bem-sucedidos da história da categoria.

Senna conquistou três campeonatos mundiais ao longo de sua carreira. O primeiro título veio em 1988, quando estava na McLaren. Naquela temporada, teve uma intensa batalha nas pistas contra seu companheiro de equipe, Alain Prost. Senna venceu o campeonato com oito vitórias em 16 corridas, contra sete vitórias do rival.

Nos anos seguintes, manteve seu domínio nas pistas. Ele conquistou seu segundo título em 1990, novamente pela McLaren, superando Prost em uma polêmica polêmica na primeira curva do Grande Prêmio do Japão. Em 1991, Senna conquistou seu terceiro e último campeonato mundial, mostrando sua habilidade fenomenal ao vencer sete corridas naquela temporada.

Além de seus campeonatos, teve vários momentos marcantes em sua carreira. Sua pole position no Grande Prêmio do Brasil de 1986, sob chuva torrencial, é lembrada como uma das voltas mais brilhantes da história da Fórmula 1. Ele também teve uma rivalidade intensa com Alain Prost, ocorrido em incidentes notáveis, como colisões polêmicas e disputas acirradas pelo título mundial.

Outro momento icônico na carreira de Senna foi sua atuação no Grande Prêmio de Mônaco de 1992, quando liderou uma corrida com um problema no câmbio. Ele teve que dirigir habilmente usando apenas a sexta marcha e segurou seus competidores até a bandeirada final, alcançando uma vitória espetacular.

Infelizmente, a brilhante carreira do tricampeão foi tragicamente interrompida em 1º de maio de 1994, quando ele sofreu um acidente fatal durante o Grande Prêmio de San Marino. Sua morte teve um impacto significativo na Fórmula 1 e levou a mudanças significativas nas medidas de segurança.

Estreia pela Toleman

Ayrton Senna atraiu o interesse de várias, como Williams, McLaren, Brabham e Toleman. Nelson Piquet, seu compatriota, não se opôs à sua contratação pela Brabham, mas a patrocinadora Parmalat preferia ter um piloto italiano na equipe, levando à contratação de Teo Fabi em vez de Senna. Isso deixou o brasileiro ressentido, pois acreditava que Piquet teve influência na decisão. No fim das contas, a única equipe que ofereceu a ele a oportunidade de disputar o campeonato de 1984 foi a Toleman.

Senna conquistou seu primeiro ponto no campeonato no segundo grande prêmio em que competiu, na África do Sul. Ele repetiu o feito duas semanas depois, na Bélgica. No entanto, sentiu problemas na classificação para o Grande Prêmio de San Marino devido a um desentendimento entre a Toleman e o fabricante de pneus Pirelli. Apesar de ter sido o mais rápido em pista molhada durante os treinos, teve dificuldades com seu carro nas condições de pista seca.

No GP de Mônaco, o brasileiro chamou a atenção ao se classificar em 13º lugar e mostrar um desempenho impressionante nas ruas de Monte Carlo. Ele ultrapassou Niki Lauda e desafiou Alain Prost pela liderança da corrida até que a prova foi interrompida devido à chuva intensa. Senna chegou a comemorar a vitória, mas as regras determinaram que a classificação da volta anterior seria considerada, e a corrida não alcançou a distância mínima para a pontuação completa.

Passagem pela Lotus

Ayrton Senna ingressou na Lotus em 1985 e fez parceria com Elio De Angelis. Em sua primeira corrida pela equipe no GP Brasil, largou em quarto lugar, mas teve que desistir devido a problemas elétricos. Porém, na segunda corrida da temporada, em Portugal, garantiu sua primeira vitória na Fórmula 1 ao largar da pole position sob forte chuva. Ele venceu mais uma corrida na Bélgica, também em condições de chuva. O desempenho excepcional na classificação lhe rendeu a fama de “rei das pole position”.

Em 1986, continuou com a Lotus. Apesar de reconhecer que seu carro era inferior aos da Williams e da McLaren, Senna desenvolveu uma estratégia de não fazer pit stops para maximizar o tempo na liderança. Essa estratégia o ajudou a vencer o Grande Prêmio da Espanha em uma corrida emocionante contra Nigel Mansell, com uma margem de apenas 0,014 segundos. No entanto, a liderança do campeonato não durou muito, pois ele enfrentou várias desistências devido a problemas mecânicos.

Em 1987, a Lotus ganhou um novo patrocinador, Camel, e os mesmos potentes motores Honda usados ​​pela Williams. Depois de um início de temporada lento, Senna venceu duas corridas consecutivas, o prestigiado GP de Mônaco e o GP dos Estados Unidos. Mais uma vez, assumiu a liderança do campeonato. No entanto, os carros Williams-Honda de Piquet e Mansell permaneceram superiores.

Nos três anos de Lotus, teve seis vitórias, acabando em 1985 e 1986 com o quarto lugar no Mundial e em 1987 com a terceira colocação. Em 1988, deu um passo importante na carreira ao ingressar na McLaren, que havia fechado uma parceria com a Honda para fornecer motores V6 Turbo.

Consagração de Ayrton Senna na McLaren

Em 1988, a McLaren-Honda tinha Alain Prost e Ayrton Senna como pilotos. Durante a temporada, um dos momentos marcantes ocorreu em Mônaco, onde Senna conquistou a pole position com uma vantagem significativa sobre Prost nos treinos. Durante a corrida, liderou com uma grande margem, mas acabou batendo na 66ª volta, dando a vitória a Prost.

No GP do Japão, Senna largou na pole, mas teve problemas no início da corrida e caiu para a 17ª posição. No entanto, ele fez uma recuperação incrível, ultrapassando oito adversários nas primeiras voltas. Na final, o brasileiro ultrapassou Prost e venceu uma corrida, garantindo assim o título mundial.

Após conquistar seu primeiro título mundial, participou de um especial de TV com Roberto Carlos, onde afirmou ter tido uma visão divina durante as últimas voltas do GP do Japão. Nos anos seguintes, a rivalidade entre Senna e Prost se intensificou, especialmente em 1989, quando Prost conquistou o tricampeonato após uma colisão com Senna, também na terra do sol nascente.

Em 1990, novamente disputando o título com Prost, Senna conseguiu tirar uma pole position do francês no GP do Japão. Na primeira curva, os dois colidiram e saíram da pista, resultaram no abandono de ambos. Foi uma vingança pelo acidente do ano anterior.

Em 1991, durante o GP de Monza, ele fez uma aposta com o chefe de equipe Ron Dennis, vencendo a corrida e recebendo o carro do triunfo como prêmio. No mesmo ano, venceu o GP Brasil em sua terra natal, mesmo enfrentando problemas no carro, e foi recebido com honras e uma grande celebração em São Paulo.

Em 1992, considerou correr na Fórmula Indy e mostrou seu espírito heroico ao salvar o piloto Erik Comas de um possível incêndio após um acidente. Em sua última temporada na McLaren, em 1993, conquistou vitórias e mostrou seu talento em Mônaco, quebrando o recorde de seis vitórias no circuito. Naquele ano, acabou como vice-campeão, ganhando seis corridas.

Sonho da Williams e despedida

Ele já tinha tentado ingressar na Williams em 1993, mas foi impedido por Prost, que vetou seu nome. Ayrton Senna se ofereceu para pilotar sem custos, pois seu desejo era fazer parte da vitoriosa equipe Williams-Renault. No entanto, uma cláusula no contrato de Prost proibia Senna de entrar para a equipe. Entretanto, essa cláusula não se aplicaria em 1994, levando o francês a se retirar das corridas um ano antes do término de seu contrato, preferindo isso a ter seu principal rival como companheiro de equipe.

Em 1994, finalmente assinou com a equipe Williams-Renault. Agora, estava na equipe que havia conquistado os dois campeonatos anteriores, com um carro muito superior aos demais. A pré-temporada de testes mostrou que o carro era rápido, mas difícil de pilotar. A FIA havia banido os sistemas eletrônicos, incluindo suspensão ativa, controle de tração e freios ABS, com o objetivo de tornar o esporte mais “humano”.

No início da temporada, o carro da Williams não era equilibrado. O próprio Senna fez várias declarações indicando que o FW16, após perder a suspensão ativa, os ABS e o controle de tração, entre outras coisas, não oferecia mais a mesma superioridade demonstrada pelos FW15C e FW14B dos anos anteriores.

A primeira corrida da temporada de 1994 foi no Brasil, onde conquistou a pole position. Durante a corrida, Michael Schumacher, com a Benetton, ultrapassou Senna nos boxes na volta 21 e tomou a dianteira. Determinado a vencer em casa, perdeu o controle de sua Williams, rodou na curva da Junção e ficou parado na zebra, abandonando a prova na volta 55.

A segunda corrida foi o Grande Prêmio do Pacífico, realizado em Aida, no Japão. Senna conquistou novamente a pole position, mas se envolveu em uma colisão logo na primeira curva. Ele foi tocado por trás por Mika Häkkinen e sua corrida chegou ao fim quando a Ferrari de Nicola Larini também bateu em sua Williams. Gerhard Berger, da Ferrari, terminou em segundo, enquanto Schumacher venceu mais uma vez.

A terceira prova foi em San Marino, a última da carreira do lendário piloto brasileiro. Determinado a vencer e entrar na briga pelo campeonato, largou na ponta e liderava a prova, até que sofreu o acidente fatal. A prova não foi interrompida e acabou vencida por Schumacher, o campeão daquele ano.

Morte de Ayrton Senna

Senna participou do GP de San Marino, em Ímola, que seria sua última corrida na Fórmula 1. Ele estava fazendo uma volta rápida quando perdeu o controle de seu carro devido a uma barra de direção quebrada e colidiu violentamente contra o muro. Os oficiais de pista chegaram ao local do acidente e, ao perceberem a gravidade, aguardaram a equipe médica.

Senna foi retirado do carro pelo professor Sid Watkins, destacado neurocirurgião e chefe da equipe médica da corrida, e recebeu os primeiros socorros ainda na pista antes de ser levado de helicóptero para o Hospital Maggiore de Bolonha, onde foi declarado morto poucas horas depois.

Foi um GP trágico, com o acidente de Rubens Barrichello, as mortes de Senna e Roland Ratzenberger e um acidente envolvendo JJ Lehto e Pedro Lamy, que lançou pneus para a arquibancada, ferindo vários espectadores.

A imagem de Senna apoiada em sua Williams, com um olhar distante e perdido, antes do início do GP, ficou marcada para sempre entre seus fãs. A morte foi considerada uma tragédia nacional no Brasil, e o governo declarou três dias de luto oficial. Milhões de pessoas acompanharam o cortejo do caixão desde o aeroporto até o cemitério, e o velório durou cerca de 24 horas.

Na corrida seguinte, em Mônaco, as duas primeiras posições do grid de largada foram deixadas vazias e pintadas com as cores das bandeiras brasileira e austríaca, em homenagem a Senna e Ratzenberger. O corpo de Senna foi sepultado em São Paulo, e em 2014, o presidente da Ferrari revelou que o piloto desejava encerrar sua carreira na equipe.

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