20 vitórias inesperadas na Fórmula 1

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O Hora da velocidade compilou uma lista das 20 vitórias mais surpreendentes da Fórmula 1. Entre elas, destaca-se o infame e peculiar desfecho do Grande Prêmio de Mônaco em 1982, no qual a liderança trocou de mãos várias vezes nas duas últimas voltas, até que Riccardo Patrese emergisse como vencedor, beneficiando-se da imprevisibilidade da situação.

Pilotos renomados como Piquet, Schumacher e Alonso também estão nesta lista, demonstrando que além de sua genialidade no automobilismo, eles também tiveram muita sorte ao vencer corridas após problemas enfrentados pelos líderes na volta final.

1 – Nelson Piquet no GP do Canadá em 1991

Em 1991, Nigel Mansell estava desfrutando de um bom momento com a equipe Williams, antecipando o amplo domínio que viria no ano seguinte. No entanto, a sorte não estava ao lado do “Leão”. Enquanto liderava o GP do Canadá com uma vantagem considerável sobre o segundo colocado, Nelson Piquet, Mansell já acenava para as câmeras de televisão na última volta, quando seu carro sofreu uma falha e parou abruptamente. Por outro lado, foi a sorte de Piquet, que conquistou a vitória com a Benetton, marcando a sua última vitória na carreira, a 23ª no total.

2 – Jacques Villeneuve no GP da Hungria em 1997

Damon Hill brilhou durante todo o fim de semana com a modesta equipe Arrows. O atual campeão mundial, que havia deixado a Williams em circunstâncias conturbadas, teve a chance de reencontrar a vitória na Hungria. Ele liderou a corrida de forma impressionante até a última volta, quando um problema no acelerador fez com que seu carro perdesse completamente o ritmo.

Jacques Villeneuve, da Williams, estava a 34 segundos de distância e conseguiu ultrapassá-lo. Hill ainda conquistou o segundo lugar, deixando Galvão Bueno, narrador da Globo, perplexo. “Uma crueldade o que aconteceu com Hill”, declarou o locutor brasileiro.

3- Pironi no GP de San Marino em 1982

A equipe Ferrari tinha um acordo que proibia disputas entre seus pilotos nas voltas finais das corridas. No entanto, Didier Pironi decidiu ignorar essa política e ultrapassou Gilles Villeneuve a três voltas do final da corrida. O piloto canadense conseguiu revidar no volta seguinte, mas Pironi o ultrapassou novamente na última volta.

Foi uma boa vitória para o piloto francês, mas a equipe italiana ficou imersa em uma crise total. Alguns dias depois, na corrida da Bélgica, Villeneuve, impulsionado pela vontade de superar o tempo de Pironi nos treinos e revoltado com a atitude do seu colega de equipe, sofreu um trágico acidente que resultou em sua morte.

4 – Kimi Räikkönenn no GP do Japão em 2005

Giancarlo Fisichella estava prestes a completar a penúltima volta quando foi surpreendido por Kimi Raikkonen, da equipe McLaren. O piloto italiano da Renault não conseguiu revidar ou resistir ao ataque e acabou perdendo a corrida na última volta. Foi um prêmio merecido para o piloto finlandês, que havia perdido para Alonso em Nurburgring devido a um problema nos últimos minutos da prova.

5 – Berger no GP do Japão em 1991

Os fãs brasileiros de Ayrton Senna já celebravam a vitória do piloto no Grande Prêmio do Japão de 1991, pois ele seria coroado campeão após o abandono de Mansell. No entanto, devido um combinado do piloto brasileiro com a equipe McLaren, a comemoração ocorreu sem a conquista da vitória. Senna abriu caminho para seu companheiro de equipe, Berger, vencer a corrida, causando surpresa geral. Exceto por Galvão Bueno, que afirmou “eu sabia”, embora não tenha mencionado essa possibilidade em sua narração.

6 – Patrese no GP de Mônaco em 1982

Alain Prost estava liderando a corrida com pouco mais de duas voltas restantes, quando o piloto francês da Renault colidiu com o guard-rail em uma pista molhada devido a uma chuva de última hora. Riccardo Patrese, da Brabham, assumiu a liderança, mas acabou rodando sozinho uma volta depois. Didier Pironi, da Ferrari, tornou-se o novo líder, mas seu combustível acabou no meio do túnel, deixando seu carro parado.

Andrea de Cesaris, que estava em segundo lugar, também abandonou a prova. Derek Daly, da Williams, também se envolveu em um acidente. Restando apenas Patrese, ele conseguiu retornar à corrida após a rodada e cruzou a linha de chegada como vencedor, já que ninguém mais apareceu na reta final para receber a bandeirada.

7 – Schumacher no GP da Espanha de 2001

Michael Schumacher não era apenas genial e habilidoso, ele também contava com uma boa dose de sorte. No Grande Prêmio da Espanha, em 2001, o piloto da Ferrari estava se preparando para terminar em segundo lugar, quando o líder da corrida, Mika Hakkinen, viu seu motor explodir na última volta. Enquanto a McLaren ficava desesperada, a Ferrari se enchia de alegria e comemoração ao testemunhar os esforços de Hakkinen em tentar levar seu carro até onde fosse possível, enquanto Schumi se aproximava para conquistar a vitória na prova.

8 – Alonso no GP da Europa em 2005

Raikkonen viu uma corrida praticamente ganha escapar por entre seus dedos. O piloto finlandês estava liderando o Grande Prêmio da Europa quando, na última volta, a suspensão de sua McLaren simplesmente cedeu, resultando na saída imediata do carro da pista. Fernando Alonso, da equipe Renault, agradeceu a reviravolta e conquistou uma vitória crucial, que o ajudou a garantir seu primeiro título mundial mais tarde naquele mesmo ano.

9 – Button no GP do Canadá em 2011

O piloto inglês, Jenson Button, enfrentou um desafio emocionante contra o alemão Sebastian Vettel durante o caótico Grande Prêmio do Canadá, que foi interrompido por duas horas devido a uma forte tempestade. Na segunda parte da corrida, Button alcançou Vettel na última volta e realizou uma ultrapassagem decisiva, conquistando uma vitória triunfante para a equipe McLaren, superando a poderosa Red Bull, e levando os fãs ao delírio.

10 – Maldonado no GP da Espanha em 2012

O GP da Espanha de 2012 foi especial para Pastor Maldonado. Após conquistar sua primeira pole position, beneficiado pela punição que colocou Lewis Hamilton ao final do grid, o piloto venezuelano mostrou sangue frio ao administrar sua vantagem sobre o piloto da casa, Fernando Alonso, e garantiu a vitória no Grande Prêmio da Espanha, a quinta etapa da temporada de 2012. Aos 27 anos, Maldonado levou a Venezuela ao topo do pódio pela primeira vez na história da categoria e trouxe a tradicional equipe Williams de volta aos dias de glória.

11 – Carlos Sainz no GP da Inglaterra em 2022

O piloto espanhol Carlos Sainz, conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1 ao cruzar a linha de chegada em primeiro lugar no Grande Prêmio da Inglaterra. Foi uma corrida repleta de emoções, na qual Sainz largou na pole position, porém, cometeu um erro que permitiu a ultrapassagem de Max Verstappen, perdendo a liderança. No entanto, ele conseguiu recuperar a vantagem com a entrada do safety car a 13 voltas do final, o que o colocou novamente na disputa pela vitória. Sergio Perez, que teve um incidente com Charles Leclerc no início da corrida, garantiu o segundo lugar, seguido por Lewis Hamilton.

12 – George Russel no GP do Brasil em 2022

George Russell teve um desempenho impecável no circuito de Interlagos. O piloto britânico da equipe Mercedes, que já havia conquistado a pole position no sábado, após vencer a corrida Sprint, no domingo, completou um final de semana perfeito ao garantir sua primeira vitória na Fórmula 1, batendo os carros da Red Bull, que tinham total favoritismo para a prova. Russell liderou de ponta a ponta e recebeu a bandeira quadriculada do lendário bicampeão mundial brasileiro, Emerson Fittipaldi.

13 – Ocon no GP da Hungria em 2021

Nem mesmo o torcedor mais otimista da Fórmula 1 poderia antecipar o desenrolar emocionante do Grande Prêmio da Hungria em 2021. Partindo da oitava posição no grid, Esteban Ocon superou o caos causado por Valtteri Bottas na largada e conquistou sua primeira vitória na carreira, segurando o experiente Sebastian Vettel durante a maior parte das 70 voltas no Circuito de Hungaroring. Lewis Hamilton, que começou na pole position e caiu para o 14º lugar, conseguiu uma impressionante recuperação e garantiu o terceiro lugar nas últimas voltas ao ultrapassar Carlos Sainz, da equipe Ferrari.

14 – Gasly no GP da Itália em 2020

O Grande Prêmio da Itália viu um cenário inusitado, sem a presença das equipes Mercedes e Red Bull nas primeiras posições. Uma McLaren “vintage” ressurgiu e uma AlphaTauri (anteriormente conhecida como Toro Rosso) também se destacou em Monza. Pierre Gasly conquistou uma improvável primeira vitória na Fórmula 1, justamente no icônico autódromo italiano, ao segurar Carlos Sainz (na época de McLaren) na última volta. Esse triunfo proporcionou o segundo feito histórico da AlphaTauri no circuito de Monza, 12 anos após Sebastian Vettel alcançar a vitória.

15 – Vettel no GP da Itália em 2008

Falando em Vettel, segundo os mais antigos, um Grande Prêmio com chuva em Monza era algo impensável. Por quase seis décadas, a lendária pista italiana permaneceu seca, até que finalmente chegou o fim de semana de setembro de 2008, trazendo consigo uma surpreendente prova com pista molhada. No entanto, a água não foi a única surpresa para os fãs naqueles dias. Um jovem piloto alemão de apenas 21 anos começava a mostrar ao mundo que nascera para brilhar.

Sem nunca ter subido ao pódio ou largado entre os cinco primeiros, Sebastian Vettel fez chover em Monza. Ele marcou a pole position e conquistou uma vitória incontestável no comando de um carro da modesta equipe STR. Naquele momento, Vettel deu início, sem nem imaginar, a um domínio que o transformaria no piloto de maior sucesso de sua geração.

16 – Kimi Räikkönen no GP da Austrália em 2013

Quando lembramos da temporada de 2013 da Fórmula 1, parece que estamos em outro mundo, mas na verdade não faz tanto tempo assim. A equipe Renault, que atualmente em 2021 é conhecida como Alpine, naquela época era chamada de Lotus – e mesmo não contando com uma estrutura tão poderosa quanto a Red Bull e a Ferrari, sempre gostava de chamar a atenção.

Em 2012, eles trouxeram Kimi Räikkönen de volta das suas férias sabáticas – o finlandês que havia sido campeão em 2007 – e ele chegou a ter, mesmo que remotas, chances matemáticas de conquistar o título no final da temporada. No entanto, a maior surpresa estava reservada para o início da temporada seguinte. No agitado GP da Austrália, com inúmeras trocas de liderança (foram dez ao todo), Räikkönen largou em sétimo lugar e fez uma prova consistente. No 43º giro, o piloto assumiu a liderança e cruzou a linha de chegada com seu carro preto e dourado. Foi a penúltima vitória na carreira de Kimi, que só voltaria a vencer novamente em 2018.

17 – Irvine no GP da Austrália em 1999

Naquele final dos anos 1990, Eddie Irvine era conhecido como o escudeiro de Michael Schumacher. O alemão já tinha a reputação de dominar seus companheiros de equipe, enquanto o irlandês tinha a função principal de somar pontos para o Campeonato de Construtores. E era só isso.

Após um ano de 1998 dominado pela McLaren, a Fórmula 1 chegou à Austrália se perguntando se a Ferrari – a equipe de Schumacher – finalmente teria um ano para acabar com o jejum de títulos no Campeonato de Pilotos, que já durava desde 1979. Enquanto isso, Eddie Irvine se classificou em sexto lugar – e era só isso. Mas a sorte começou a mudar quando Schumacher enfrentou problemas na volta de apresentação e foi forçado a largar no fim do grid. Em seguida, Mika Häkkinen, na McLaren número 1, teve problemas no acelerador enquanto liderava a corrida e teve que abandonar.

Foi aí que surgiu o caminho livre para Irvine, que conquistou sua primeira vitória na carreira naquela tarde quente na Austrália. Mais adiante naquele ano, após Schumacher fraturar a perna em um acidente no GP da Inglaterra, o irlandês teve que assumir o papel de primeiro piloto da equipe italiana – e acabou perdendo o título para Häkkinen na última corrida, por uma diferença de apenas dois pontos.

18 – Jody Scheckter no GP da Argentina em 1977

No fim da década de 70, era mais comum vermos resultados surpreendentes na Fórmula 1, não apenas devido ao grande número de equipes existentes, mas também pela menor confiabilidade dos carros em comparação aos dias de hoje. Além disso, com exceção da Ferrari, Brabham-Alfa Romeo, Ligier-Matra e a decadente BRM, todas as equipes usavam motores Cosworth DFV, o que proporcionava um equilíbrio interessante no pelotão da F1.

Concentrando-se em um único carro, a equipe Wolf conseguiu atrair um dos melhores pilotos daquele momento, Jody Scheckter, que havia se destacado com a equipe de Ken Tyrrell.

Para surpresa de todos os fãs da Fórmula 1, No GP da Argentina em 1977, Scheckter aproveitou um carro bem projetado e uma corrida muito agitada, para se manter sempre entre os primeiros colocados. Quando José Carlos Pace começou a enfrentar problemas com o calor e os vapores de gasolina que invadiram sua cabine a seis voltas do fim, o sul-africano o ultrapassou e conquistou uma magnífica vitória logo na estreia do novo carro. Poderia ter sido apenas uma vitória isolada, mas a Wolf era um carro bem nascido, e o piloto conseguiria vencer mais duas corridas até o final da temporada, terminando como vice-campeão.

19 – Giancarlo Baghetti no GP da França em 1961

Os registros da Fórmula 1 revelam que apenas três pilotos na história conquistaram a vitória em sua primeira corrida. O italiano Giuseppe Farina foi o primeiro a alcançar esse feito no GP da Inglaterra de 1950. O americano Johnnie Parsons também entrou para esse seleto grupo ao vencer as 500 Milhas de Indianápolis no mesmo ano, uma prova que fazia parte do calendário da Fórmula 1 naquela época. O terceiro e último piloto a obter essa conquista foi o italiano Giancarlo Baghetti, no GP da França de 1961.

No veloz circuito de Reims, as Ferraris oficiais dominaram a sessão de classificação e ocuparam as três primeiras posições, com Hill, Von Trips e Ginther. Baghetti teve um desempenho discreto, terminando em 12º lugar, a 5s6 da pole position. No entanto, com ultrapassagens e abandonos dos competidores à sua frente, Baghetti se encontrou repentinamente na briga pela vitória, disputando com os Porsches de Dan Gurney e Jo Bonnier. Ele conseguiu derrotar Gurney por uma margem apertada de apenas 0s1.

20 – Nelson Piquet no Japão 1990

Em sua estreia pela equipe Benetton, Roberto Pupo Moreno teve um desempenho consistente e acompanhou seu companheiro Nelson Piquet, aproveitando o abandono dos pilotos da Ferrari e McLaren. Principalmente pela “vingança” de Ayrton Senna sobre Alain Prost, dando o troco pelo ocorrido no GP Japonês um ano antes.

Na primeira curva o brasileiro jogou sua McLaren sobre a Ferrari do francês e ambos abandonaram e Senna garantiu o bicampeonato. Foi o caminho aberto para a vitória de Piquet com Moreno chegando em 2º, com a então modesta Benetton. A emocionante dobradinha brasileira na Fórmula 1 foi marcada pela alegria de Moreno e pelos risos de Piquet diante da falta de jeito do terceiro colocado, Aguri Suzuki, no pódio. Foi a última vez em que dois pilotos brasileiros subiram juntos ao pódio na categoria.

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