Galvão Bueno abriu o jogo e contou tudo sobre o dia do acidente fatal de Ayrton Senna

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Considerado por muitos como um dos melhores narradores do esporte brasileiro, Galvão Bueno foi o responsável por marcar as manhãs de domingo de vários brasileiros ao redor do Brasil. Na época de Ayrton Senna, foi ele quem levou a emoção das vitórias do brasileiro para o público. Amigo íntimo do ex-McLaren, ele também foi quem narrou a última corrida que causou a morte de Ayrton.

Nesta segunda-feira (1°), Galvão participou de uma entrevista para o programa “Roda Viva” onde contou mais sobre os acontecimentos durante o Grande Prêmio de San Marino de 1994, que ficou marcado pela morte de Senna. Ele revelou que teve muitas dificuldades para conseguir levar a narração após o acidente, enquanto Roberto Cabrini, que cobria a categoria in loco naquele ano, ia até o hospital onde Senna foi levado.

“Na hora, o Cabrini (repórter de F1 da Globo na época) já largou a transmissão, foi para Bolonha no hospital e o contato era muito difícil. Por dois ou três momentos, pedi ao Reginaldo (Leme) para tocar a transmissão, eu precisava ir lá fora respirar, não estava aguentando. Eu tinha que levar até o final, era a minha função”, afirmou Galvão.

Galvão Bueno revela decisão de não ver Senna pela última vez

Logo após a corrida, Galvão também se deslocou até o hospital para ter mais notícias de Ayrton Senna. Durante sua entrevista, ele revelou que o médico Sid Watkins, que trabalha na Fórmula 1, contou sobre a iminência da morte do brasileiro e questionou se alguém iria ver ele pela última vez, coisa que Galvão optou por não fazer.

“Não tive coragem de vê-lo. Quando chegamos eu, Gerhard Berger e Braguinha (amigo de Senna), o Sid Watkins veio na sala falar com a gente e disse: ‘A notícia que eu tenho é a pior possível: ele está morto. O coração bate, mas a morte cerebral já foi determinada faz tempo. Mas posso garantir a vocês que ele não está sofrendo. Não posso impedir ninguém de vê-lo, mas não aconselho’. Na hora, eu disse que não ia ver, o Braguinha também. O Berger falou que queria entrar para ver pela última vez. Botaram uma roupa para entrar na UTI, ele entrou e eu só fui vê-lo três dias depois no funeral.”, revelou Galvão.

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