O Grande Prêmio da Áustria de 2002 ficou marcado na mente de todos que acompanharam por conta do final de prova. Na ocasião, Rubens Barrichello liderava a prova e tinha uma vantagem segura para Michael Schumacher, seu companheiro na Ferrari. Porém, o chefe de equipe da escuderia italiana decidiu que iria inverter a posição, para poder favorecer o alemão na disputa do Mundial de Pilotos.
Barrichello foi contra essa mudança, porém, para não se prejudicar dentro da equipe, ele aceitou e deixou o alemão passar. Porém, isso aconteceu a alguns metros da bandeira quadriculada, o que evidenciou ser uma ordem de equipe. No ano passado, durante uma entrevista para o Flow Podcast, Rubinho comentou como estava o seu sentimento após a prova.
“Eu saí do carro e vomitei, de raiva. Porque não era possível. Hoje muita gente já sabe. Mas o que aconteceu? Aquilo foi em 2002. Em 2001, aconteceu a mesma coisa, na mesma pista, só que pela segunda posição. Porque tinha uma McLaren na frente, eu em segundo e Michael em terceiro. Eles pediram, eu troquei, pelo campeonato. Mas eu chamei e falei: ‘E aí, e se eu tivesse ganhando?’. Me disseram que não pediriam, que aí não pediriam. Foram oito voltas de discussão. Eu poderia me queimar. Eu falei: eu vou fazer, mas vou fazer na frente (de todo mundo)”, revelou Rubinho.
GP da Áustria de 2002, onde Rubinho Barrichello deixou Schumacher passar, foi importante para regra ser criada
Após as reclamações sobre a ordem de equipe vinda da Ferrari, que fez com que Rubinho deixasse Schumacher passar nos metros finais do Grande Prêmio da Áustria, fez com que a direção da Fórmula 1 criasse uma nova regra. Na ocasião, estava proibido as ordens de equipe. Porém, elas conseguiram criar códigos para poder burlar esse regulamento.
Essa regra foi extinta anos depois, muito por conta de um outro episódio que também envolvia a Ferrari, mas desta vez era com Felipe Massa e Fernando Alonso. Na ocasião, os italianos utilizaram o código “Fernando is faster than you” para poder fazer com que Massa abrisse caminho para o espanhol, que não conseguia ultrapassar o brasileiro.