Conheça quem manda em cada uma das 10 equipes da Fórmula 1

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As finanças da Fórmula 1 estão mais robustas do que nunca, com os níveis atuais de receita superando os 3 bilhões de dólares. Isso levou as equipes a aumentarem suas margens de lucro, com a Ferrari sendo estimada como a mais valiosa do campeonato, com um valor de 3,9 bilhões de dólares, à frente da Mercedes, avaliada em 3,8 bilhões de dólares.

No entanto, mesmo as equipes consideradas menos valiosas ainda demonstram força financeira, como é o caso da Williams, que tem um valor aproximado de 725 milhões de dólares.

Red Bull

A incursão da Red Bull na Fórmula 1 começou em 2005, quando o conglomerado privado Red Bull GmbH, reconhecido principalmente por sua linha de bebidas energéticas, adquiriu a Jaguar Racing. Essa aquisição marcou o nascimento da Red Bull Racing na F1, uma equipe que desde então se tornou uma das mais proeminentes da história do esporte, acumulando 13 campeonatos mundiais, entre os quais seis de construtores e sete de pilotos, com nomes notáveis como Sebastian Vettel e Max Verstappen.

Embora Christian Horner tenha liderado a equipe desde o início, sua posição não inclui participação na marca. A Red Bull é detida por dois acionistas principais: Chalerm Yoovidhya, com 51%, e Mark Mateschitz, com 49%. Esses dois empresários, cujos pais fundaram a empresa austro-tailandesa em 1984, têm impulsionado o sucesso e a expansão da equipe na Fórmula 1.

Mercedes

A equipe de Fórmula 1 da Mercedes pertence igualmente a três partes: o Grupo Mercedes-Benz, o CEO Toto Wolff e a INEOS.

A trajetória da atual equipe Mercedes na F1 começou em 2010, quando a então Daimler, hoje conhecida como Grupo Mercedes-Benz, adquiriu 45,1% da Brawn GP, a equipe campeã mundial na época. Paralelamente, a Aabar Investments comprou 30% da equipe. Em 2011, ambas as entidades adquiriram os 24,9% restantes anteriormente detidos pela gerência da equipe, levando à totalização do controle pela Daimler em 2012.

Uma nova mudança de propriedade ocorreu em 2013, com a entrada de Toto Wolff, vindo da Williams, que adquiriu 30% da equipe. Nesse mesmo período, o diretor não executivo Niki Lauda comprou 10% de participação. Enquanto isso, a empresa controladora detinha os 60% restantes.

Essa estrutura acionária foi fundamental para a Mercedes alcançar um recorde de seis títulos consecutivos de construtores, de 2014 a 2019. No entanto, em 2020, a empresa química INEOS comprou um terço da equipe. Esse movimento resultou no aumento da participação de Wolff e na redução da participação majoritária da Daimler. Posteriormente, a equipe conquistou seu oitavo título consecutivo de construtores no ano seguinte.

Ferrari

A Scuderia Ferrari S.p.A. gerencia sua própria equipe de Fórmula 1, que é a única construtora a competir em todas as temporadas desde o início da série em 1950. A propriedade da Ferrari é dividida em três partes: pública (67,09%), Exor N.V. (22,91%) e Piero Ferrari (10%).

A empresa italiana tornou-se uma entidade de capital aberto em 2015, listada nas bolsas de valores de Nova York e Milão. Através dessas listagens, a Exor N.V., uma holding da família Agnelli, fundadora da Fiat, adquiriu uma participação. John Elkann, presidente da Ferrari, também desempenha o papel de CEO. Quando Enzo Ferrari faleceu em 1988, ele legou 10% da empresa para seu único filho vivo, Piero Ferrari, que também atua como vice-presidente.

McLaren

A McLaren Racing é controlada em 67% pelo McLaren Group, uma holding estabelecida por Ron Dennis em 1985, responsável pela gestão dos setores automobilístico e de automobilismo da família McLaren.

Em março de 2024, o Mumtalakat, fundo soberano do Bahrein, assumiu a propriedade total, após uma mudança de liderança. Inicialmente, em 2007, o fundo havia adquirido uma participação de 30%. Sua posição se tornou majoritária quando Dennis vendeu os 25% restantes em 2017, culminando na posse total “após a conversão de todas as ações preferenciais em ações ordinárias”.

Além disso, a empresa de investimentos americana MSP Sports Capital detém uma parcela minoritária na equipe de Fórmula 1. Em 2020, investiu 185 milhões de libras por 15%, aumentando sua participação para 33% até o final de 2022.

Aston Martin

A equipe sediada em Silverstone passou por uma série de mudanças de propriedade ao longo dos anos. Sua jornada teve início em 1991, quando foi fundada como Jordan. Posteriormente, o fundador da equipe, Eddie Jordan, vendeu suas instalações para o Midland Group em 2005, que, por sua vez, repassou para a Spyker Cars no ano seguinte.

Em 2007, um consórcio liderado por Vijay Mallya e Michiel Mol adquiriu a equipe Spyker, formando a Force India. No entanto, após 11 anos, a equipe enfrentou dificuldades financeiras e entrou em falência. Isso levou um consórcio de investidores, liderado por Lawrence Stroll e denominado Racing Point UK, a comprar os ativos e renomear a equipe como Racing Point Force India, antes de abandonar o nome “Force India” em 2019.

Posteriormente, em 2021, a Racing Point UK foi convertida em AMR Holdings GP Limited, coincidindo com a transição da equipe para a Aston Martin F1 Team, após Lawrence Stroll assumir como presidente executivo da fabricante de automóveis. Desde 2018, a equipe de F1 permaneceu sob essa forma de propriedade. Entretanto, em novembro de 2023, a empresa de private equity Arctos Partners adquiriu uma participação minoritária não divulgada na holding da equipe.

Alpine

A equipe com base em Enstone também passou por uma série de mudanças de propriedade, semelhante à equipe sediada em Silverstone. Atualmente, está sob a liderança do Grupo Renault, que deu nome à equipe até 2021, quando foi rebatizada como Alpine, representando a marca de carros esportivos da empresa.

Entretanto, essa não é uma propriedade total. Em junho de 2023, a equipe vendeu 24% de suas ações para o grupo de investimento Otro Capital, com sede nos EUA. Este grupo inclui a RedBird Capital Partners e a Maximum Effort Investments, que desembolsaram pouco mais de 200 milhões de euros.

Essa transação gerou uma considerável repercussão, uma vez que o grupo de investimento conta com a participação de diversos atletas de alto nível, como o campeão mundial de boxe Anthony Joshua, o jogador de futebol inglês Trent Alexander-Arnold, o vencedor do campeonato de golfe Rory McIlroy e o quarterback vencedor do Super Bowl Patrick Mahomes, além de incluir atores de Hollywood e os proprietários do Wrexham FC, Ryan Reynolds e Rob McElhenney.

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RB

A RB é a segunda equipe de Fórmula 1 de propriedade da Red Bull GmbH. A empresa adquiriu a equipe da Minardi para a temporada de 2006 e a renomeou como Toro Rosso, que significa “Red Bull” em italiano, onde a equipe tem sua base.

A Toro Rosso foi estabelecida como a equipe júnior da Red Bull, destinada a desenvolver talentos. Ao longo dos anos, sete pilotos competiram pela equipe sediada em Faenza antes de serem “promovidos” para a Red Bull. Esses sete incluem Vettel, Verstappen, Daniel Ricciardo, Daniil Kvyat, Pierre Gasly, Alex Albon e Robert Doornbos, embora este último tenha sido contratado da Minardi.

No entanto, a gestão conjunta das duas equipes pela Red Bull é motivo de controvérsia. O CEO da McLaren Racing, Zak Brown, expressou descontentamento com a proximidade da parceria entre as duas equipes. Embora a equipe principal tenha sido conhecida como Red Bull desde sua fundação, a Toro Rosso mudou seu nome para AlphaTauri em 2020, antes de se tornar RB em 2024.

Williams

A Williams Racing já foi uma potência dominante na Fórmula 1, conquistando 16 campeonatos mundiais (nove de construtores e sete de pilotos) nas décadas de 1980 e 1990, após a fundação da equipe em 1977 por Frank Williams e Patrick Head, sendo Williams o detentor da maioria das ações.

No entanto, o século XXI trouxe desafios financeiros significativos para a Williams, com a entrada de grandes corporações como Mercedes e Red Bull na F1, enquanto fabricantes como a Ferrari já possuíam orçamentos consideravelmente maiores.

Esses desafios levaram a Williams a se tornar uma das equipes menos competitivas da F1. Em 2020, a família Williams abriu mão do controle da equipe, com a Dorilton Capital assumindo a propriedade total. A Dorilton é uma empresa de investimento privado com sede nos EUA, especializada em diversos setores da indústria, liderada por Matthew Savage como presidente.

Sauber

Peter Sauber estabeleceu a PP Sauber AG, posteriormente conhecida como Sauber Motorsport, em 1970, inicialmente para competir em carros esportivos, antes de ingressar na Fórmula 1 em 1993. Apenas dois anos após sua estreia, Dietrich Mateschitz, cofundador da Red Bull GmbH, adquiriu uma participação majoritária, com a marca de bebidas energéticas assumindo o papel de patrocinadora principal da Sauber.

Entretanto, as duas partes entraram em desacordo quando a equipe optou por contratar o então inexperiente Kimi Raikkonen para a temporada de 2001, em vez de Enrique Bernoldi, apoiado pela Red Bull. Como resultado, Mateschitz vendeu sua participação para o banco de investimento global Credit Suisse em 2002, que posteriormente repassou sua parcela para a BMW três anos depois, enquanto Peter Sauber manteve 20% de sua participação.

A retirada da BMW no final de 2009 levou Peter Sauber a readquirir a equipe, antes de ceder um terço das ações para a CEO Monisha Kaltenborn em 2012. Apenas quatro anos depois, houve outra mudança de propriedade, com a empresa sendo vendida para a empresa de investimentos suíça Longbow Finance S.A., coincidindo com a aposentadoria de Peter Sauber.

Em um movimento estratégico, a fabricante alemã Audi adquiriu uma participação de 25% no início de 2023, como preparação para uma aquisição total prevista para 2026, o que resultará na equipe adotando o nome da marca pertencente à Volkswagen.

Haas

A equipe de Fórmula 1 da Haas é gerenciada pela Haas Automation, que possui a totalidade da equipe. A Haas Automation é uma fabricante de máquinas-ferramenta fundada pelo empresário americano Gene Haas, que inicialmente estabeleceu uma equipe na NASCAR em 2002, antes de expandir para a Fórmula 1 em 2016.

Devido a essa estrutura, a Haas não desfruta do mesmo apoio de equipes como Ferrari ou Mercedes, o que a posicionou como uma das equipes menos competitivas da Fórmula 1 desde sua entrada. No entanto, a equipe ainda recebe investimentos adequados, com a empresa de transferência de dinheiro MoneyGram atuando como seu principal patrocinador.

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