Briga entre Ayrton Senna e Reginaldo Leme exigiu “nova estratégia” para entrevistas

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Um dos personagens centrais na trajetória Ayrton Senna na Fórmula 1 é Betise Assumpção, que atuou como assessora de imprensa do tricampeão mundial da categoria desde 1989 até o momento de seu falecimento.

Em uma entrevista exclusiva ao Motorsport.tv no YouTube, Betise revelou um “antídoto” para uma artimanha que a Rede Globo estava empregando para minimizar a tensão entre Senna e o jornalista Reginaldo Leme, atualmente na Band.

“Eles pararam de se falar no início de 1993. Nunca mais houve comunicação”, disse Betise. “Inicialmente, Ayrton nem me disse que não estava mais falando com Reginaldo. De repente, começaram a enviar repórteres da sucursal da Globo em Londres. Primeiro foi Silio Boccanera em uma corrida, depois Pedro Bial, e então Valéria Sffeir. Eu pensei que era porque Senna estava tão popular que estavam intensificando a cobertura.”

Ideia para as entrevistas

A desavença entre o jornalista e o piloto não conseguia impedir Reginaldo Leme de produzir suas reportagens para a Globo. A emissora tentou contornar a situação tanto com o campeão quanto com sua assessora, mas essa estratégia foi de curta duração.

“O Ayrton dava entrevista para o Silio, depois, quando as imagens chegavam ao Brasil, a TV Globo pegava um pedaço da entrevista deles e colocava na entrevista do Reginaldo. Aí ele (Ayrton) ficou bravo.”

“Então eu falei, olha, a única coisa que você pode fazer é, e por coincidência, naquela corrida era o Pedro Bial, eu falei, ‘você vai dar entrevista a ele e a cada três palavras você vai falar Pedro. ‘Sabe o que é, Pedro?’ Aconteceu isso, isso e isso. E Pedro…’. Não vão ter como tirar o nome. Não vão conseguir tirar. “

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