Uma das grandes rivalidades na história da Fórmula 1 foi protagonizada por Williams e McLaren. Muito dessa história teve como cenário o começo dos anos 90 com as batalhas entre Ayrton Senna e Nigel Mansell.
Atualmente as coisas andam bem diferentes, principalmente pela Williams que passou a ocupar a parte de trás do grid da Fórmula 1. Mas a tradicional equipe não quer ficar lá pra sempre.
A McLaren está vivendo o melhor momento na Fórmula 1 desde 2008. Com o melhor carro na parte final da primeira metade do campeonato de 2024, a equipe inglesa trilha um caminho bem diferente daquele que seguia uma década atrás. Essa recuperação é uma fonte de inspiração para a Williams.
McLaren servindo de inspiração
James Vowles, chefe da Williams, foi questionado sobre o exemplo da McLaren. Embora tenha evitado colocar a concorrente em um pedestal, ele reconheceu que, sim, a recuperação da McLaren serve de inspiração. No entanto, ele ressaltou que o caminho para o sucesso é diferente para cada equipe.
“Minha visão de mundo é essa: nossa jornada é diferente daquela da McLaren em muitos aspectos, mas tem semelhanças que podem ser apontadas”, disse em entrevista ao portal inglês MotorsportWeek.
“Demorou entre cinco e oito anos para a McLaren conseguir dar a volta, e eu já disse várias vezes que temos um problema maior que o da McLaren em muitos aspectos. Entretanto, já existe um molde completo de como uma equipe retorna a vencer. Neste aspecto, sim [McLaren é um exemplo]. Além disso, as duas são britânicas, tem uma herança de corridas, absolutamente há semelhanças”, continuou.
Ao reconhecer a inspiração, Vowles destaca as diferenças nos problemas enfrentados por cada equipe. A McLaren tem investido na melhoria de sua infraestrutura, mas enfrenta dificuldades para expandir a fábrica de Woking devido a questões imobiliárias. Por outro lado, a Williams dispõe de espaço suficiente para ampliar a fábrica de Grove, mas enfrenta a falta de recursos financeiros necessários, e a revitalização da infraestrutura antiga é uma prioridade urgente.
“Tenho um monte de espaço, mas uma infraestrutura que está envelhecendo e que absolutamente precisa ser substituída. E aí? [A McLaren] é algo a aspirar. Assim que eu os vejo, porque recordo de um time que sofreu por anos, conseguiu reviravolta e voltou à ponta. Se eu dissesse no Bahrein 2023 que a McLaren faria dobradinhas e seria o time a ser batido no ano seguinte, todo mundo riria. Mas é onde estão. Então, sim, são uma inspiração”, completou.