Um dos campeonatos de Fórmula 1 mais lembrados pelos fãs da velocidade aconteceu em 2007. O derradeiro GP daquela temporada teve a disputa de três pilotos pelo título e o trio fez daquele ano um dos mais disputados de todos os tempos.
Com a aposentadoria de Michael Schumacher no final da temporada 2006, Fernando Alonso assumiu o título de grande nome da categoria. Após vencer nos dois anos anteriores com a equipe Renault, foi para a McLaren como o grande favorito ao tricampeonato e igualar nomes lendários do esporte como os brasileiros Ayrton Senna e Nelson Piquet.
Mas ao seu lado tinha um jovem britânico chamado Lewis Hamilton, campeão da antiga GP2, vinha para Fórmula 1 cheio de gás. E quem apostava no talento do inglês não se decepcionou, afinal o piloto fez da temporada de 2007 aquela que é considerada por muitos a melhor estreia de todos os tempos.
E ainda tinha Kimi Räikkönen, chegou na categoria em 2001 pela modesta Sauber, começou a ganhar espaço a ponto de ser nome forte da McLaren e disputar o título mundial de 2003 contra Michael Schumacher ponto a ponto. Em 2007, chegou a equipe de Maranello para buscar o tão sonhado título e trazer o caneco de volta para os tifosi.
Uma das disputas mais acirradas de todos os tempos
A temporada 2007 foi de tirar o fôlego. Se somar os três postulantes ao título foram apenas quatro abandonos ao longo da temporada. Räikkönen abandonou apenas duas corridas, enquanto os rivais da McLaren abandonaram uma corrida cada.
No fim das contas coube ao Brasil receber a corrida final. Kimi Räikkönen acabou vencendo em Interlagos e se sagrando campeão mundial com apenas um ponto de vantagem. O finlandês somou 110 pontos, contra 109 de Hamilton e Alonso respectivamente.
E se a pontuação em 2007 fosse no sistema atual?
Vamos fazer um exercício de imaginação. Afinal, em 2007 o sistema de pontuação era bem diferente dos dias atuais. Naquele ano apenas os oito primeiros pontuavam e com um número de pontos bem inferior aos dias atuais.
Sistema de pontuação em 2007:
Vencedor da corrida = 10 pontos
2º lugar = 8 pontos
3º lugar = 6 pontos
4º lugar = 5 pontos
5º lugar = 4 pontos
6º lugar = 3 pontos
7º lugar = 2 pontos
8º lugar = 1 ponto
Outra questão importante a ser ressaltada é o fato de o vencedor de cada corrida somar no máximo 10 pontos, naquela temporada o piloto com a melhor volta não somava o ponto extra, algo que poderia ser o fiel da balança naquele ano.
Atualmente o sistema de pontuação é completamente diferente. Os 10 primeiros são contemplados na classificação. E além disso, as pontuações são bem maiores, possibilitando os campeões dos últimos anos terem uma soma bem maior que os campeões de décadas anteriores.
Atual sistema de pontuação:
Vencedor da corrida = 25 pontos
2º lugar = 18 pontos
3º lugar = 15 pontos
4º lugar = 12 pontos
5º lugar = 10 pontos
6º lugar = 8 pontos
7º lugar = 6 pontos
8º lugar = 4 pontos
9º lugar = 2 pontos
10º lugar = 1 ponto
* Ponto extra para o piloto com a volta mais rápida (desde que termine entre os 10 primeiros)
Quem venceria o mundial de 2007 no sistema atual?
Mas aí fica a pergunta…Kimi Räikkönen seria o campeão de 2007 no sistema atual? Nós do Hora da Velocidade fizemos os cálculos e a resposta é sim! O Finlandês venceria o mundial até com uma margem mais folgada em relação aos adversários. O então piloto da Ferrari teria conquistado o mundial com 278 pontos.
Uma alteração que aconteceria seria em relação a Lewis Hamilton e Fernando Alonso. No mundial de 2007, Hamilton ficou com o vice nos critérios de desempate, mas se a pontuação atual fosse vigente naquela ocasião, Fernando Alonso seria o vice com 269 pontos contra 267 do britânico.
Ainda temos outra curiosidade. Se em 2007 tivéssemos o ponto extra para o piloto com a volta mais rápida, da mesma forma Räikkönen seria o campeão. Naquele ano o finlandês em seis corridas fez a volta mais rápida e teria somado mais seis pontos na classificação, terminando com 116. Já Alonso garantiria o vice com três pontos extras fechando 112 pontos.
Já Hamilton, em apenas duas corridas daquele ano fez a volta mais rápida e assim terminaria com 111 pontos. De qualquer forma, seja no antigo sistema ou no atual, Kimi Räikkönen mostrou que foi soberano e fez por merecer seu nome na história da Fórmula 1.