Poucos imaginam qual é foi o piloto que alcançou a maior velocidade na Fórmula 1

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A Fórmula 1 detém o título de categoria de automobilismo com a maior audiência global. Para muitos pilotos em início de carreira, alcançar a elite dessa modalidade é um sonho.

Além disso, o que mais fascina o público é a incrível velocidade alcançada pelos carros. Em certas corridas, devido às altas velocidades, os pilotos podem perder até 4kg, como é o caso da pista de Singapura.

Muitos entusiastas da categoria têm dúvidas sobre o nível de velocidade que os carros de seus pilotos favoritos podem atingir. Considerando isso, vimos qual é a velocidade máxima de aceleração que um automóvel desse tipo pode alcançar.

Ao contrário de outras categorias, como a Indy, os carros da Fórmula 1 necessitam enfatizar a força descendente e as altas velocidades nas curvas. Como resultado, possuem uma capacidade de aceleração mais ágil, o que os ajuda a perder menos tempo durante as curvas. Portanto, um carro desta categoria é capaz de atingir uma velocidade máxima de 329 km/h.

Em 2016, Valtteri Bottas, então piloto da Williams e atualmente na Sauber, alcançou a velocidade de 378km/h na reta dos boxes durante a classificação em Baku, Azerbaijão. Este feito permanece como a maior velocidade já registrada em um fim de semana de Grande Prêmio nesta categoria, abrangendo treinos e corridas.

As corridas mais rápidas da história da Fórmula 1

Ao longo dos mais de 70 anos de história da principal categoria do automobilismo mundial, diversos recordes foram estabelecidos e quebrados. No entanto, há um tipo de recorde que certamente não agrada aos fãs da velocidade: uma corrida que termina em um piscar de olhos. E isso já ocorreu algumas vezes na Fórmula 1.

Por isso, destacamos aqui três corridas que entraram para a história e para o livro das estatísticas, por serem as mais curtas, seja por motivos climáticos ou até mesmo por questões externas à pista. Aliás, a mais curta de todas certamente será um recorde difícil de ser superado.

3 – GP da Espanha de 1975 – 42 minutos

O GP da Espanha de 1975 teve um início atípico. Antes mesmo dos primeiros testes, os pilotos decidiram iniciar uma greve devido à inspeção realizada no circuito de Montjuïc, em Barcelona, que revelou a precária condição dos trilhos de segurança. Isso levou à greve após constatarem que as barreiras de proteção estavam em péssimo estado.

Diante dessa situação, as equipes tiveram que agir rapidamente para fazer reparos improvisados, sendo em grande parte responsáveis pelas intervenções. Houve até mesmo ameaças de confisco dos equipamentos das estruturas pelas autoridades. Apesar desses obstáculos, a maioria dos pilotos decidiu cumprir suas obrigações e ir para a pista.

A corrida teve início em uma pista já considerada perigosa, porém, com uma atmosfera animada criada pelo entusiasmo do público. Os momentos iniciais da prova foram marcados por vários incidentes. Surpreendentemente, foi Rolf Stommelen, pilotando pela Hill, quem assumiu a liderança da corrida à medida que se aproximava da vigésima sexta volta.

Mas o pior estava por vir. A asa traseira do líder da corrida se soltou, levando Stommelen a decolar sobre a lombada no Estádio, precisamente na curva que sucede a reta dos boxes. Após colidir com a barreira de segurança à esquerda da pista, o carro da Hill capotou e atravessou a multidão do lado oposto, resultando na morte de cinco pessoas. Milagrosamente, Stommelen sobreviveu ao acidente, apesar de sofrer múltiplas fraturas.

No meio do caos, os organizadores optaram por interromper a corrida após três voltas, quando a prova estava na 29ª volta, de um total planejado de 75. Jochen Mass foi declarado o vencedor. Esse trágico incidente marcou o fim da presença de Montjuïc na Fórmula 1.

2 – GP da Austrália de 1991 – 24 minutos

Apesar de uma tempestade intensa ter caído sobre a cidade de Adelaide horas antes, a largada do GP da Austrália de 1991 foi mantida sob condições de pista praticamente inaceitáveis. A prudência dos pilotos os manteve cautelosos contra qualquer incidente durante os primeiros momentos da corrida.

No entanto, rapidamente, devido à cortina de água que caía à frente e ao aumento da intensidade da chuva, os incidentes começaram a ocorrer em série. Isso deixou a pista cheia de destroços e carros danificados. Após os incidentes envolvendo Nigel Mansell (Williams) e Gerhard Berger (McLaren), Ayrton Senna (McLaren), que já era matematicamente o campeão da temporada, fez gestos em direção aos comissários de pista pedindo a interrupção da prova.

A corrida foi interrompida na 17ª volta das 81 planejadas. Dado que as condições climáticas não melhoraram durante a bandeira vermelha e diversos pilotos expressaram objeções quanto a retomar a prova, foi tomada a decisão de encerrar o GP da Austrália de 1991.

A classificação final foi determinada com base na 14ª volta, o que significava que os pilotos oficialmente tinham corrido apenas 52 km dos 306 km planejados para a distância total. Como resultado, Ayrton Senna foi proclamado o vencedor da prova.

1 – GP da Bélgica de 2021 – 3 minutos

A chuva não deu trégua ao longo de várias horas em Spa Francorchamps. O início do Grande Prêmio da Bélgica de 2021, originalmente programado para as 10h, foi adiado em 25 minutos. Duas voltas de formação foram conduzidas sob as condições do Safety Car, mostrando que as circunstâncias não permitiam uma corrida segura. Isso levou à primeira exibição da bandeira vermelha e todos os carros retornaram aos boxes.

A partir desse ponto, começou uma espera de quase três horas. As condições meteorológicas pioraram ainda mais, levantando preocupações de que a corrida não pudesse ser iniciada antes do limite de três horas estabelecido pelas regras. Diante dessa situação, a FIA tomou a decisão de pausar o cronômetro oficial do evento, assegurando assim pelo menos uma hora de corrida, com base na justificativa de “circunstâncias excepcionais”.

No entanto, as condições climáticas tiveram poucas alterações, e às 13h17 (horário de Brasília), os carros partiram do pit lane atrás do Safety Car para enfim começar a corrida. Após completarem duas voltas sob circunstâncias quase idênticas às do início, a bandeira vermelha foi novamente acionada. A tentativa de “corrida” não teve reinício, mas os resultados foram confirmados.

Max Verstappen foi declarado o vencedor por ter percorrido a distância estipulada pelo regulamento. A classificação foi determinada na penúltima volta antes da bandeira vermelha, isto é, na primeira volta, resultando em um tempo oficial de corrida de apenas 3 minutos e 27 segundos. Assim, o GP da Bélgica de 2021 é o mais curto da história da Fórmula 1 em mais de 100 GPs.

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