Nelson Piquet quase tirou emprego de Senna na McLaren
Ayrton Senna fez história na Fórmula 1 e cravou momentos que ficaram eternizados na memória dos fãs da principal categoria do automobilismo mundial. Mas na grande maioria, as principais lembranças do tricampeão são da época em que o brasileiro pilotava o carro vermelho e branco da McLaren.
Foi lá que Ayrton conquistou os três títulos mundiais e quebrou recordes corrida após corrida. Mas você sabia que isso quase não aconteceu? Com Senna quase perdendo o posto na equipe britânica para o rival Nelson Piquet.
A trajetória de Ayrton Senna na Fórmula 1 poderia ter tomado um rumo totalmente diferente caso as negociações entre Ron Dennis (chefe da McLaren) e Nelson Piquet tivessem avançado para a temporada de 1988. Após o ano de 1987, em que Piquet conquistou seu tricampeonato em meio a uma intensa rivalidade dentro da Williams, envolvendo seu então companheiro Nigel Mansell, as conversas com o chefe da McLaren esfriaram devido a divergências financeiras.
Naquela ocasião, Ron Dennis considerava ambos os brasileiros para integrar sua equipe, mas as condições eram distintas. Piquet, já tricampeão, buscava um contrato à altura de sua consagrada carreira, enquanto Senna, ainda em busca de seu primeiro título, tinha ambições diferentes. Além disso, a afinidade entre Dennis e Senna acabou se revelando um fator decisivo, pesando a favor do jovem piloto.
Com isso, Piquet assinou com a Lotus recebendo um ótimo salário, mesmo não tendo um carro capaz de lhe dar a chance de brigar pelo tetracampeonato. Já Senna assinou com a McLaren e finalmente teria a chance de ter um carro com totais condições de render o tão sonhado título na Fórmula 1.
Senna assinou com a McLaren e fez história pela equipe britânica
O tempo mostrou que a parceria entre Ayrton Senna e McLaren seria o casamento perfeito. Logo no primeiro ano, em 1988, o brasileiro conquistou o título mundial, batendo o companheiro de equipe, Alain Prost. No ano seguinte veio o vice-campeonato, ao perder de forma polêmica para o mesmo francês.
Em 1990 veio o bicampeonato superando Prost que estava na Ferrari. O tricampeonato foi confirmado em 1991, batendo a Williams de Nigel Mansell. A mesma Williams que começou a “causar” o divórcio entre Senna e McLaren. A equipe comandada por Ron Dennis não tinha mais carro para competir com a máquina de Frank Williams.
Senna decidiu que queria correr por lá, mesmo assim ainda teve que esperar. Seguiu mais duas temporadas pela McLaren, sendo que em 1993 corria através de contratos pontuais assinados para cada prova. O GP da Austrália do mesmo ano, marcou a despedida de Senna da equipe onde fez história e até hoje é considerado por muitos, o maior que já correu pela lendária equipe da Fórmula 1.