Nelson Piquet deixou a rivalidade de lado, tomou a palavra e defendeu Ayrton Senna: Seria mais um mundial pro Brasil
A relação entre Ayrton Senna e Nelson Piquet sempre foi motivo de atenção entre os fãs brasileiros do automobilismo. A grande verdade é que os dois pilotos “não se bicavam” e diversos desentendimentos aconteceram de forma pública, aquecendo ainda mais as rugas entre os dois. Mas saiba que nem sempre foi assim.
Sabia que uma vez Nelson Piquet defendeu Ayrton Senna em uma das maiores polêmicas da Fórmula 1. O GP de Japão de 1989 teve uma das grandes controvérsias de todos os tempos. Alain Prost saiu de Suzuka com o tricampeonato mundial, após Senna ser desclassificado por “cortar a chicane” após uma batida com o francês.
A regra aplicada pela FIA, sob o comando de Jean Marrie Balestre, gerou a fúria dos brasileiros e principalmente de Ayrton Senna, que até mesmo chegou a cogitar sua saída do esporte. Mas o mundo gira, e uma nova decisão da Fórmula estava prestes a acontecer novamente no Japão, agora pelo campeonato de 1990 e foi aí que aconteceu…
Piquet defendeu Senna na reunião dos pilotos
Na tradicional reunião dos pilotos antes da prova, o diretor passava as regras que seriam aplicadas para a corrida, quando Nelson Piquet pediu a palavra. O tricampeão pediu para que em caso de saída da pista, os fiscais pudessem sinalizar os pilotos para “cortarem a chicane” com segurança.
Piquet ainda citou o que havia acontecido com Senna no ano anterior e cravou que era mais perigoso fazer a volta e retornar no traçado comum da pista, sendo assim a sugestão era pra ser feito exatamente a mesma coisa que Senna havia feito em 89, que no fim causou sua desclassificação.
Os pilotos concordaram com a ideia de Piquet e até mesmo os diretores acenaram positivamente, aquilo foi a gota d’água para Senna. O brasileiro se levantou, disse que Piquet levantou o assunto e provava que ele estava certo e fez questão de citar que ano anterior já não havia sido fácil, o então piloto da McLaren saiu da sala e abandonou a reunião.
Muitos disseram na época que Senna foi “garfado” com a decisão, e que a FIA comandada por um francês estava tomando partido de Prost, se a vitória do brasileiro fosse confirmada, a decisão iria pra última corrida na Austrália, com totais chances de mais um título brasileiro, o que não aconteceu.