Morreu Wilson Fittipaldi: Melhores resultados, história na F1 e mais detalhes

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O automobilismo brasileiro está de luto. Morreu na manhã desta sexta (23), uma das maiores lendas do nosso automobilismo: Wilson Fittipaldi. Desde o Natal de 2023, no mesmo dia em que completou 80 anos, Wilsinho, como era conhecido, estava internado no Hospital Prevent Senior, localizado na Zona Sul de São Paulo.

De acordo com relatos de sua esposa, Rita, o ex-piloto de Fórmula 1 se engasgou com um pedaço de carne, o que resultou em uma parada cardíaca. Ele foi prontamente hospitalizado, intubado e colocado sob sedação. Após passar por uma traqueostomia, Wilsinho foi extubado e, em 16 de janeiro, transferido da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para um quarto do hospital.

Carreira na F1

Wilson Fittipaldi Júnior, carinhosamente conhecido como Wilsinho, veio ao mundo em uma noite especial de Natal: 25 de dezembro de 1943. Influenciado pelo trabalho de seu pai, o “barão” Wilson Fittipaldi, que era um conhecido narrador de automobilismo, Wilsinho logo se apaixonou por esse universo. Na década de 70, ele deu seus primeiros passos na Fórmula 1.

Ao todo, ele competiu em três temporadas na principal categoria do automobilismo mundial: duas pela equipe Brabham (1972 e 1973) e uma pela Copersucar (1975), esta última na temporada de estreia da equipe brasileira fundada por ele e seu irmão, Emerson.

Mesmo após encerrar sua carreira como piloto na Fórmula 1, Wilson Fittipaldi permaneceu ativo no mundo do automobilismo. Ele assumiu a liderança da equipe Copersucar depois que seu irmão Emerson deixou de competir pela equipe. Sob sua direção, a equipe continuou operando até 1982, que marcou o último ano da presença dos irmãos Fittipaldi na categoria.

Wilson já esteve na Stock Car

Wilson Fittipaldi também competiu em outras séries automobilísticas. Entre as décadas de 80 e 90, ele participou de cinco edições da Stock Car. Mesmo após completar 50 anos, ainda estava ativo nas pistas, como em 2008, quando se juntou ao irmão Emerson no Campeonato Brasileiro de GT3.

Outros detalhes da vida de Wilson

Desde jovem, Wilson Fittipaldi começou a explorar seu talento nas pistas, inicialmente com karts que ele e seu irmão construíram no Brasil. Ele iniciou sua carreira competindo na Fórmula Vee (anteriormente conhecida como Fórmula Vê) e também participou da Fórmula 3 inglesa em 1966.

No entanto, foi somente em 1971 que ele retornou à Europa, competindo na Fórmula 2, onde conquistou o sexto lugar no campeonato. Durante essa temporada, competiu ao lado de pilotos renomados como Niki Lauda, Ronnie Peterson e Carlos Reutemann. Wilsinho obteve três vitórias em 11 corridas, o que lhe garantiu uma vaga na Fórmula 1 no ano seguinte.

Copersucar: Sonho que virou realidade

Após duas temporadas na Brabham, Wilson não competiu no campeonato de 1974. O motivo, no entanto, era nobre: concentrar-se na fundação da primeira equipe brasileira na Fórmula 1. No ano seguinte, surgiu a Fittipaldi-Copersucar, sediada em São Paulo – rompendo com o padrão da época, no qual a maioria das equipes tinha sede no Reino Unido. Aliás, a Copersucar foi a única equipe sul-americana na história da categoria.

Na primeira temporada da Copersucar, em 1975, Wilson Fittipaldi foi o único piloto da equipe em todas as corridas, exceto na prova na Itália, na qual foi substituído por Arturo Merzario após fraturar o pulso na corrida anterior, na Áustria. Não marcou pontos pela nova equipe: sua melhor posição foi o 10º lugar, no GP dos Estados Unidos (a última corrida da temporada).

Aquela seria a última temporada de Wilson Fittipaldi como piloto de Fórmula 1. No entanto, a trajetória de Wilsinho continuou fora das pistas, liderando a nova equipe. Enquanto isso, Emerson Fittipaldi trocou a prestigiada McLaren pela equipe da família, em uma jogada arriscada. Ele permaneceu lá até o final da temporada de 1980.

Em 1982, os irmãos Fittipaldi optaram por encerrar as atividades da equipe, que recebeu muitas críticas pelo seu desempenho ao longo dos anos. Apesar disso, a Copersucar-Fittipaldi conquistou três pódios ao longo de seus oito anos na categoria, incluindo um segundo lugar no GP do Brasil de 1978.

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