A indústria de competições automobilísticas tem sido alvo de grandes tensões envolvendo a Fórmula 1, especificamente Liberty Media e a FIA. Em recentes levantamentos da mídia, destaca-se uma potencial ruptura irreparável entre ambas as partes. A FIA, sob a presidência de Mohammed ben Sulayem, tem confrontado a Liberty Media de forma progressiva, um problema que tem aumentado desde o ano de 2021.
Os conflitos atuais se estendem em diversos casos, incluindo na investigação que a FIA conduz sobre Toto e Susie Wolff, na qual eles são acusados de terem um conflito de interesses devido ao cargo de Susie como diretora da F1 Academy na Liberty Media. Esta questão tem suscitado apreensão, pois pode levar a um rompimento entre as organizações e alterar a metodologia da Fórmula 1.
De que forma a relação entre Liberty Media e FIA afeta a Fórmula 1?
A Administração da Fórmula 1 se divide de forma a permitir que a Liberty Media, como detentora dos direitos comerciais, cuide dos contratos de pista, transmissão, publicidade, produtos e infraestrutura para as corridas. Enquanto isso, a FIA cuida mais de assuntos regulatórios e desportivos, como emissão de a licenças e definição de calendários e regras. No entanto, essa divisão parece ter ficado nebulosa desde que Sulayem tomou posse no cargo de presidente da FIA.
Quais incidentes têm causado as tensões entre Liberty Media e FIA?
A substituição de Jean Todt por Sulayem parece ter transformado a divisão de responsabilidades mais confusa. Esse fato se evidencia no episódio da equipe Andretti: enquanto a FIA apoia de forma pública a entrada de uma 11ª equipe, a Liberty Media é contra. Este é um dos motivos do aumento das discórdias entre as partes. O conflito parece ter atingido seu auge no início de 2023, quando surgiram rumores de que a F1 seria vendida a um grupo de investidores sauditas, o que acabou sendo negado pela Liberty Media.
Sulayem teria se envolvido diretamente na questão para evitar a venda, o que desagradou a Liberty Media, resultando numa carta aberta de crítica contra suas ações. Posteriormente, Sulayem pediu desculpas e prometeu não se envolver diretamente na F1, no entanto, casos subsequentes mostram que isso não aconteceu. Alguns exemplos que a BBC tem destacado são as investigações dele sobre os xingamentos de Wolff e Frédéric Vasseur no Grande Prêmio de Las Vegas e sobre o caso de Lewis Hamilton no Grande Prêmio do Catar.
A situação de Toto e Susie Wolff intensificou ainda mais essa tensão, com a Fórmula 1 emitindo um comunicado afirmando desconhecer a ação da FIA. Essa situação entre a FIA e a Liberty Media é potencialmente perigosa pois, se a FIA decidir que há um conflito real de interesses, ela pode punir a promotora da F1, causando um possível dano irreparável na relação entre as duas partes.
