O ano de 1955 marcou o automobilismo com uma tragédia que ecoa até hoje. Juan Manuel Fangio, piloto argentino, conquistou o campeonato de Fórmula 1 de maneira impecável a bordo do avançado Mercedes-Benz W196. Contudo, a temporada foi manchada por um dos eventos mais sombrios da história do esporte.
O Domínio da Mercedes em 1955
Fangio, guiando o W196, venceu quatro das sete corridas da temporada, consolidando seu domínio. Seu companheiro, Stirling Moss, também contribuiu para o sucesso da equipe, restando apenas uma vitória para a Ferrari, cortesia de Maurice Trintignant no GP de Mônaco.
A Tragédia de Le Mans
Em 11 de junho de 1955, durante a icônica corrida de 24 Horas de Le Mans, um Mercedes W196S se envolveu em um acidente terrível. Pierre Bouillon, o piloto francês, colidiu, resultando em um voo em chamas para a arquibancada. A tragédia tirou a vida de 83 espectadores e deixou mais de 180 feridos, marcando-a como a maior catástrofe na história das corridas.
Impactos Duradouros e o Adeus da Mercedes
O acidente levou ao cancelamento de várias provas, inclusive os GPs da Alemanha, Suíça e Espanha. A Suíça proibiu competições automobilísticas até 2018. Mesmo com a realização de três GPs após a tragédia, todos vencidos pela Mercedes, a marca decidiu retirar-se permanentemente das competições, temendo impactos na reputação de seus carros de rua.
Outras Perdas Marcantes em 1955
Além da tragédia de Le Mans, a F1 enfrentou outra perda significativa em 1955. Alberto Ascari, bicampeão mundial, faleceu em um acidente durante um teste em Monza. Sua morte levou à retirada da equipe Lancia da F1, beneficiando a Ferrari.
O ano de 1955 deixou uma marca indelével na Fórmula 1, não apenas pelo sucesso de Fangio, mas pela tragédia que redefiniu os rumos da Mercedes e alterou o cenário esportivo da época.
Não perca, na próxima semana, a continuação da história no campeonato mundial de Fórmula 1 de 1956!