Muita especulação cercou o destino do carro envolvido no acidente fatal de Ayrton Senna. Inicialmente, houve negações sobre sua destruição, mas o próprio Frank Williams confirmou que o veículo “não existia mais”.
O piloto brasileiro estava na sede da equipe, em Grove, oeste de Londres, na Inglaterra, quando o carro chegou. Os processos judiciais na Itália se arrastaram até o final de 1999, resultando na absolvição do diretor técnico Patrick Head e do ex-projetista da equipe, Adrian Newey. O carro em que o tricampeão mundial morreu foi liberado em março de 2002.
O piloto Antonio Pizzonia, revelou ter testemunhado a ordem de destruição do carro envolvido no acidente fatal de Ayrton Senna. Senna em 1º de maio de 1994, na curva Tamburello, em Ímola. “Poucas pessoas estão cientes disso. Eu estava na fábrica quando Frank Williams deu a ordem para a destruição. Ele não queria manter aquela lembrança do acidente e da morte de Senna porque se considerava culpado”, compartilhou o piloto.
Pizzonia fez revelação sobre Frank Williams
Pizzonia, o único piloto amazonense a competir em corridas de Fórmula 1, compartilhou sua revelação durante o programa Diário da Manhã, da Rádio Diário. Ele atuou como piloto de testes da Williams, enquanto os pilotos titulares eram Ralph Schumacher e Juan Pablo Montoya. Após uma breve passagem pela Jaguar, equipe já extinta, ele participou de diversas corridas pela Williams.
“Frank Williams repetia ‘eu o matei, eu o matei’, depois do acidente. Demorou muito para que ele se convencesse de que se tratou de fatalidade. Ele gostava muito do Senna e ‘S’ do Senna está no bico dos carros da Williams até hoje”, disse Pizzonia.
O capacete de Ayrton Senna, fabricado pela Bell, foi devolvido à fabricante em 2002, conforme permitido pela Justiça de Bolonha, na Itália. O artefato foi então incinerado no circuito de Ímola no mesmo ano. Até hoje, a empresa continua fornecendo esse equipamento para alguns pilotos do automobilismo internacional.