Ayrton Senna é considerado por muitos como um dos maiores pilotos da história do automobilismo, com três títulos mundiais conquistados e estando ao lado de nomes como Michael Schumacher e Niki Lauda. Ao longo de sua passagem pela categoria, Senna passou por diversas polêmicas, sendo que algumas sequer chegaram na mídia da época, ou foram tratadas apenas como boatos do paddock.
Recentemente, Derek Warwick em sua autobiografia contou mais sobre a sua quase entrada na Lotus em 1986. Ele revelou que isso só não veio a acontecer graças a Senna, que segundo ele o motivo era que o piloto brasileiro “não queria um inglês rápido como seu companheiro de equipe”. Ainda, ele revelou que já tinha um contrato assinado com a equipe, mas que acabou sendo quebrado.
“Ele (Fred Bushell) me disse que Senna, o piloto atual, não me queria como companheiro de equipe e estava colocando-os sob muita pressão, então eu estava fora. Simples assim. Havíamos concordado com os termos e eu havia assinado o contrato, mas eles estavam renegando-o. Rasguei meu contrato assinado na frente dele, pois agora era tão inútil quanto ele e Warr.”, afirmou Warwick.
Piloto inglês aponta influência de patrocinadora para que Ayrton Senna tivesse poder na equipe
Ainda, em sua biografia, Derek Warwick aponta que a Lotus apenas cedeu a pressão de Ayrton Senna por conta de sua patrocinadora, a John Player. Eles queriam deixar o brasileiro, que naquela época era considerado “apenas” um nome promissor da categoria, feliz. Assim, optaram por não contratar o inglês.
“Mas, como descobri, a Lotus e seu patrocinador, John Player, queriam que ele estivesse feliz, e ambos simplesmente cederam à pressão exercida por ele. Ele ainda era relativamente inexperiente, portanto, o status de número um era uma exigência razoável da minha parte. Mas ele exigia exclusividade: o melhor carro, acesso permanente à reserva, os melhores mecânicos, o melhor engenheiro, o projetista-chefe dedicado ao seu carro.”, afirmou o ex-piloto.