Uma das maiores novelas dos bastidores da Fórmula 1 finalmente chegou ao fim na tarde desta terça (4). Sergio Pérez segue como piloto da Red Bull e será companheiro de Max Verstappen por mais duas temporadas. Mas o que levou a equipe austríaca a tomar essa decisão? Aqui temos quatro motivos que mostram o motivo do mexicano seguir no grande carro do atual grid da categoria.
1 – Não ser uma pedra no sapato de Max Verstappen
Ser o segundo piloto ao lado de um talento como Max Verstappen é uma posição peculiar. Enquanto os adeptos anseiam por um competidor que possa desafiar o líder, as equipes, especialmente quando possuem um carro superior, priorizam a estabilidade.
A rivalidade entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg ilustra esse ponto. Desde a época de Fernando Alonso em 2007, ou mesmo Alain Prost e Ayrton Senna nos anos 80, essa foi a dupla mais equilibrada. No entanto, a disputa quase levou ao colapso interno da Mercedes. Toto Wolff, chefe da equipe alemã, reconheceu que, se Rosberg não tivesse se aposentado após o título de 2016, a Mercedes teria dispensado um dos pilotos.
Portanto, quando possuem um carro dominante e um piloto em sua melhor forma, as equipes procuram características específicas para o segundo piloto: confiabilidade, habilidade e alguém que não cause conflitos internos.
2 – Ser quase uma unanimidade dentro da equipe
Exceto pelo consultor da Red Bull, Helmut Marko, todos na equipe parecem satisfeitos com Perez. Verstappen considera-o seu melhor companheiro de equipe, e Christian Horner elogia constantemente a influência do mexicano no time. Mesmo durante o período difícil em 2023, quando Perez não conseguiu alcançar o Q3 em oito ocasiões, Horner evitou criticá-lo publicamente.
3- “Queridinho” dos patrocinadores, sinônimo de dinheiro em caixa
Há também o benefício da popularidade e dos patrocinadores que “Checo” traz para a equipe. Com Verstappen recebendo um salário supostamente na casa dos US$ 55 milhões anuais, a Red Bull valoriza a chegada de empresas como a Telcel, gigante mexicana de telecomunicações. Perez possui ainda contratos com Disney, Mobil, Claro, Nescafé e KitKat, o que sem dúvida influenciou na permanência do mexicano na equipe.
4 – “Queridinho” dos fãs, aumento da popularidade
Seu impacto no número de fãs não pode ser ignorado. Em 2016, a audiência mexicana da F1 cresceu 500%. Não é por acaso que, desde a chegada de Perez à categoria, o GP do México retornou ao calendário, tornando-se uma das corridas mais bem-sucedidas do ano.