No meio dos acontecimentos envolvendo Christian Horner, incluindo críticas públicas de Jos Verstappen ao chefe da Red Bull Racing, a Fórmula 1 está repleta de especulações sobre a possível mudança de Max Verstappen para a Mercedes, potencialmente substituindo Lewis Hamilton, seu rival e heptacampeão.
No entanto, por enquanto, tudo não passa de um boato. George Russell comentou que seria “empolgante” ter Verstappen como companheiro de equipe em Brackley, onde ele “rebaixou” Lewis Hamilton descrevendo o holandês como o melhor piloto da temporada de 2024.
– Todas as equipes querem quer ter a melhor dupla de pilotos. Agora, Max é o melhor piloto do grid. Se qualquer equipe tiver a chance de assinar com o Max, eles vão aproveitar, 100%. Acho que a questão é mais do outro lado, no lado dele e da RBR. Há tanto acontecendo lá. Não sabemos o que realmente acontece por trás de portas fechadas, e no fim das contas, não é da nossa conta agora. Mas seria animador (ter Max como companheiro) – disse Russell, em entrevista coletiva nesta quinta-feira.
Cláusula no contrato de Verstappen
De acordo com o RacingNews365, o contrato de Verstappen inclui uma cláusula que permite a rescisão caso Helmut Marko, com quem o tricampeão tem uma forte relação, deixe a equipe. Recentemente, o consultor afirmou que “não irá impedi-lo” se o holandês optar por se juntar a outras equipes do grid. O chefe de equipe da Mercedes, Toto Wolff, acredita que Max prefira permanecer na Red Bull Racing em vez de se transferir para a equipe de Brackley devido à superioridade do carro austríaco.
A Red Bull Racing enfrenta um momento delicado nos bastidores. Inicialmente acusado de conduta imprópria, com supostas conotações sexuais, o chefe Christian Horner foi inocentado após uma investigação de oito semanas.
No dia seguinte ao desfecho do caso, uma fonte anônima enviou 79 supostas evidências a jornalistas, dirigentes e membros de alto escalão da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e da Fórmula 1. A veracidade do conteúdo ainda não foi confirmada.
A falta de transparência no processo causou descontentamento na Ford, que firmará um acordo de fornecimento de motores com a Red Bull Racing e a Scuderia AlphaTauri a partir da temporada de Fórmula 1 de 2026. Além disso, foi criticada por concorrentes como Mercedes e McLaren. Jos Verstappen, por sua vez, expressou a opinião de que a equipe austríaca enfrentará problemas se Horner continuar como chefe; na visão do ex-piloto de Fórmula 1, Christian estaria se vitimizando. O pai de Max foi visto conversando com Wolff no paddock do Bahrein.
O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, argumentou que o caso Horner é prejudicial ao esporte, desviando o foco para a investigação no início da temporada. Segundo o jornal holandês De Telegraaf, que primeiro relatou as acusações contra Horner, Sulayem teria solicitado que Verstappen apoiasse publicamente Horner – mas o tricampeão negou o pedido.
Na Mercedes, a postura é de que não há pressa para anunciar o substituto de Lewis Hamilton, que se transferirá para a Ferrari em 2025. A octacampeã de construtores não ofereceu um contrato de longo prazo ao piloto britânico para manter as opções em aberto com Andrea Kimi Antonelli, um protegido alemão na Fórmula 2. Russell, por sua vez, destacou o aprendizado ao lado do heptacampeão e reiterou que não tem preferência por candidatos à vaga.