Rivais na Fórmula 1, Toto Wolff e Helmut Marko finalmente concordam com uma questão
Enquanto FIA e Liberty Media avaliam a possibilidade de organizar um Grande Prêmio em Ruanda, especialmente após o presidente Paul Kagame ter formalmente indicado o país como candidato para sediar uma corrida de Fórmula 1, os protagonistas do Campeonato Mundial demonstram dúvidas sobre a expansão do já extenso calendário.
O Pacto da Concórdia, um acordo plurianual que une as principais partes interessadas do paddock, estabelece um limite de 25 corridas por temporada (atualmente são 24). Apesar disso, os tradicionais rivais Red Bull e Mercedes concordam que não é viável adicionar mais eventos ao cronograma da F1.
Calendário da F1: a visão de Wolff
Toto Wolff e Helmut Marko, conhecidos pela rivalidade de longa data, se uniram em um raro consenso sobre o tema. Wolff, em entrevista à emissora austríaca ORF, desencorajou qualquer ampliação do calendário.
“Acho que já ultrapassamos o limite. Eu viajo com todo o conforto, mas os mecânicos, que montam e desmontam os carros, viajam na classe econômica. É evidente pelo semblante deles que não podemos ir além”, afirmou o chefe da Mercedes.
A opinião de Helmut Marko
Helmut Marko, consultor da Red Bull, compartilhou da mesma perspectiva, ressaltando os desafios físicos e logísticos. “24 corridas é o limite máximo. Somos privilegiados, mas precisamos pensar nos mecânicos. Além disso, a Fórmula 1 deveria coordenar melhor o calendário para manter esse número de eventos. Na minha opinião, não é possível ir além disso, a menos que tenhamos equipes com duas tripulações completamente separadas”, afirmou Marko.
Essas considerações estão alinhadas com declarações recentes de Stefano Domenicali, chefe da Fórmula 1, que manifestou estar satisfeito com o número atual de corridas, evitando expandir o calendário. Dessa forma, caso Ruanda deseje entrar no circuito, será necessário substituir uma das corridas existentes, como ocorreu recentemente com o GP da Holanda em Zandvoort.