Supostamente, o novo contrato de Fernando Alonso com a Aston Martin foi assinado sob pressão, com uma oferta da Mercedes para a temporada de Fórmula 1 de 2025 e a disponibilidade de Carlos Sainz o forçando a tomar uma decisão rápida.
Na semana passada, Alonso anunciou que permanecerá na Fórmula 1 pelo menos até o final da temporada de 2026, depois de assinar um novo contrato plurianual com a Aston Martin.
O novo acordo do espanhol o levará além de seu 45º aniversário e o colocará de volta ao convívio da Honda, que se unirá à Aston Martin como o novo fornecedor de motores, vindo da Red Bull, a tempo para os novos regulamentos da Fórmula 1 em 2026.
Anúncio da renovação causou surpresa
O timing da extensão do contrato de Alonso foi uma surpresa, especialmente após o ex-piloto da Renault, McLaren e Ferrari ter sido fortemente associado a possíveis vagas na Red Bull e na Mercedes.
Antes de assinar seu novo contrato, relatos sugeriam que Alonso estava “lutando muito” para garantir uma vaga na Red Bull em 2025, diante das incertezas em torno do futuro de Max Verstappen.
Acredita-se que Alonso também estava na corrida para se juntar à Mercedes em 2025, como substituto de Lewis Hamilton, que anunciou em fevereiro que se mudaria para a Ferrari em um contrato de vários anos após esta temporada.
Alonso, que reiterou que a Aston Martin era sua “primeira prioridade” em qualquer negociação, disse à mídia, após o anúncio do contrato, que tanto a equipe quanto o piloto “queriam a mesma coisa” para 2025, com Alonso sentindo-se “em casa” desde que ingressou na equipe de Silverstone em 2023.
No entanto, um relatório da publicação alemã Auto Motor und Sport revelou que a decisão de Alonso de permanecer “não foi inteiramente voluntária” – com a disponibilidade de Sainz, dispensado pela Ferrari para dar lugar a Hamilton, pressionando-o a agir rapidamente.
E mesmo com a oferta da Mercedes de um contrato de mais um ano, caso não conseguissem persuadir Verstappen a deixar a Red Bull, Alonso optou por ficar.
Com Sainz em alta após um forte início de temporada, que incluiu sua terceira vitória na carreira no Grande Prêmio da Austrália do mês passado, Alonso estava cauteloso de que o piloto espanhol pudesse surgir como uma opção para a Aston Martin.
A disponibilidade de Sainz permitiu à Aston Martin “colocar uma pressão” sobre seu piloto principal, com o risco de esperar por uma vaga na Red Bull ou Aston Martin ser “grande demais” para Alonso aceitar.
A oferta da Mercedes de um contrato de um ano, com a opção de mais uma temporada, não foi considerada muito atraente para Alonso, já que a opção de prorrogação estaria nas mãos da equipe. Se o espanhol fosse para a Mercedes, ele estava “determinado” a garantir sua permanência para os novos regulamentos da Fórmula 1 em 2026.
A decisão de Alonso de permanecer na Aston Martin deixou Verstappen em uma situação delicada em relação ao seu futuro na Fórmula 1. A perspectiva de substituir Hamilton na Mercedes em 2025 não é considerada atraente para Verstappen, enquanto qualquer compromisso adicional com a Red Bull além desta temporada pode desencadear uma tomada de poder por parte de Christian Horner, dada a atual tensão dentro da equipe.