Para aqueles que têm acompanhado de perto a Fórmula 1 desde a implementação do novo conjunto de regras no ano passado, pode ser surpreendente considerar que a Red Bull esteja enfrentando problemas recorrentes.
Afinal, a equipe da marca de bebidas energéticas tem dominado o campeonato de forma implacável. No entanto, é exatamente isso que o diretor técnico Pierre Waché afirma: a equipe está constantemente lidando com dificuldades nos ajustes para a classificação.
Waché preferiu não entrar em detalhes muito técnicos para evitar dar pistas às equipes concorrentes, mas explicou de forma geral as questões que tornam desafiador configurar o carro para uma volta rápida na classificação.
De acordo com ele, apesar de toda a habilidade de Max Verstappen, a Red Bull não é a equipe mais competente nesse aspecto. A compreensão do problema reside tanto na atual geração de carros quanto na estratégia de operação dos pneus.
“Não sei o que os rivais sabem, mas eu sei que não tenho todas as respostas e ainda estamos trabalhando duro para encontrá-las”, afirmou em entrevista ao portal neerlandês RacingNews365.
Waché revela um trabalho fundamental pra esse acerto
Segundo Waché, entretanto, o trabalho nos simuladores desempenha um papel fundamental para que a equipe compreenda como efetuar ajustes e qual é o impacto de cada um deles.
Mesmo assim, uma pergunta persiste: se as dificuldades são tão grandes em pistas de rua, como a Red Bull só perdeu em Singapura em 2023? “Durante os fins de semana de corrida em circuitos de rua, tentamos nos concentrar um pouco mais em encontrar o setup certo para a classificação. Mas é mais desafiador”, afirmou.
Apesar do sucesso, a Red Bull optou por adotar um conceito diferente para o carro de 2024. Até agora, Verstappen conquistou as três poles da temporada. “Nosso departamento de aerodinâmica fez um trabalho excepcional. Eles desenvolveram um novo pacote de forma que houve mais liberdade para evoluir o carro ao longo do ano. Portanto, não consideramos o conceito atual como uma versão final, mas sim a criação de uma estrutura de possibilidades. Tudo está indo bem e a relação entre o simulador e a pista tem sido perfeitamente alinhada”, revelou