Nesta quarta-feira (17), a Porsche anunciou que entrou com um recurso contra a penalização imposta a António Félix da Costa. O piloto português foi desclassificado do eP de Misano 1 no último fim de semana, mesmo após vencer a corrida.
A desclassificação ocorreu devido a uma irregularidade encontrada em uma mola no amortecedor do acelerador, conforme as regras estabelecidas. Félix da Costa foi notificado sobre a punição apenas cinco horas após o término da prova, levando a equipe a indicar imediatamente a intenção de recorrer da decisão.
“Podemos confirmar que a Porsche apresentou um recurso contra a decisão #31 dos comissários, relacionada ao eP de Misano da Fórmula E de 2024, em 13 de abril. Por favor, entenda que nenhum outro comentário ou declaração será divulgado neste momento”, afirmou um porta-voz da equipe.
Punição veio depois de toda festa
Da Costa cruzou a linha de chegada em primeiro lugar e até comemorou pulando na piscina do circuito italiano para celebrar sua primeira vitória na temporada. No entanto, cerca de cinco horas depois, por volta das 22h20 no horário local, ele recebeu a notícia da punição.
Os inspetores técnicos da FIA identificaram uma irregularidade no amortecedor do acelerador de Da Costa, relacionada a uma mola que não estava de acordo com as regras. Essa peça era permitida até o ano anterior devido a um problema na entrega de novos itens pela Spark, fornecedora de chassis da Fórmula E. No entanto, para a temporada de 2024, a mola foi proibida.
“A mola do amortecedor do acelerador encontrada no carro #13 durante a corrida não estava em conformidade com os três itens opcionais declarados no documento da Spark Catalogue para o carro Gen3”, disse a FIA no momento da punição.
O problema reside no fato de que não houve um aviso oficial às equipes, e a peça simplesmente desapareceu do relatório, que contém aproximadamente 140 páginas. A Porsche, portanto, manteve a mola no carro, e ela foi identificada logo após a vitória de Da Costa em Misano. O departamento técnico da FIA considerou que a equipe tinha a obrigação de cumprir o regulamento, mesmo que não houvesse ganho de desempenho, e, por isso, decidiu desclassificar o piloto português da prova.