Por que a Fórmula 2 não corre com motores híbridos?
A Fórmula 2 é vista como a principal categoria que dá acesso ao mundo da Fórmula 1. Vários campeões conseguem ao menos uma oportunidade de ocupar o cargo de piloto reserva, como foi o caso de Felipe Drugovich, que após conquistar o título em 2022 foi contratado pela Aston Martin, onde até os dias de hoje atua como piloto de testes e reserva. Poucos nomes conseguem uma vaga na principal categoria do automobilismo mundial sem passar pela F2.
Por conta dos modelos dos carros, a categoria é importante para ajudar com que os jovens já começem a se familiarizar com o formato e estilo de um bólido da principal categoria do automobilismo mundial. Uma das únicas diferenças entre os dois carros, além do tamanho, é com relação ao motor utilizado. Na F2 não há a unidade de potência híbrida. De acordo com o CEO da categoria, Bruno Michel, essa tecnologia também não deve ser implementada no futuro por conta dos custos.
Fórmula 2 deve seguir com motores tradicionais por conta dos custos
Em entrevista concedida à imprensa, o CEO da Fórmula 2, Bruno Michel, foi questionado sobre o motivo da categoria não usar motores híbridos e se no futuro esse tipo de unidade de potência será implementado. Bruno destacou que a decisão de usar motores tradicionais se deve ao custo, já que um trem de força híbrido poderia triplicar os gastos. Assim, ele também destacou que a categoria não deve implementar essa tecnologia no futuro. Com relação a sustentabilidade, que tem sido o foco da F1 nos últimos anos, ele deixou claro que a categoria está satisfeita apenas com o uso de combustível sustentável.
“O que a Fórmula 1 tem em termos de hibridização não é algo que possamos nos permitir, é muito simples. É impossível, caso contrário, multiplicaríamos o custo de uma temporada por três. Analisamos o que a IndyCar está fazendo e tivemos algumas conversas com eles para ver se era adaptável para nós e, para ser bem honesto, achei que o custo comparado às vantagens que isso traria era quase zero. Tomamos a decisão de adotar uma abordagem mais sustentável com o combustível e estamos muito adiantados em relação a isso em todas as outras categorias”, afirmou Bruno Michel.