Com as equipes ajustando seus carros para extrair o máximo desempenho do efeito-solo, uma das consequências é a dificuldade para um piloto seguir outro de perto. Isso resulta em um problema persistente no grid da Fórmula 1, o superaquecimento dos pneus nos carros.
Acredita-se que esse fenômeno tenha contribuído para tornar as ultrapassagens mais desafiadoras, pois os pilotos precisam escapar da turbulência do carro da frente para gerenciar adequadamente a temperatura dos pneus.
A Pirelli está ciente desse desafio há algum tempo e conduziu análises durante o período de férias da categoria para entender a origem do superaquecimento dos pneus e encontrar soluções para ele.
Testes foram feitos e novos devem acontecer
Foram realizados testes com novos desenhos de pneus em Barcelona e Jerez, e o próximo teste está programado para ocorrer em Suzuka, após o GP do Japão no próximo mês.
Mario Isola, o chefe da Pirelli na F1, discutiu os aprimoramentos planejados com a Autosport, destacando que, no momento, o foco está em desenvolver uma nova construção para lidar com o superaquecimento. Uma vez concluído esse processo, a fornecedora passará a concentrar seus esforços em uma nova gama de compostos para complementar as melhorias.
“No momento, estamos focados na construção com um nível mais alto de integridade. Ele [o pneu] será mais robusto, com novos materiais. Estamos testando os novos materiais também para evitar o aumento do peso, porque a meta é ter o mesmo peso.”, revelou Isola.
Enquanto o trabalho prático avança na pista para desenvolver a nova linha de pneus, Isola mencionou que os esforços analíticos também prosseguem para entender por que os problemas de superaquecimento dos pneus se tornaram tão relevantes com os atuais carros de efeito-solo.