A Fórmula 1 inegavelmente vem expandindo os horizontes ano após ano. Com isso, virou uma realidade um número cada vez maior de corridas por temporada. Prova disso é a temporada 2024, que está prestes a começar, com 24 provas previstas.
Se para os fãs isso é muito bom, é uma oportunidade maior de ver os carros da categoria em grandes disputas pelos circuitos do mundo, para os pilotos essa história é bem diferente.
Pilotos como Lewis Hamilton e Max Verstappen expressaram sua preocupação de que o calendário de 24 corridas esteja ultrapassando os limites à medida que a nova temporada se aproxima.
A corrida deste fim de semana no Bahrein marcará o início de uma série de 24 provas que os pilotos e equipes terão que enfrentar durante esta temporada recorde. Enquanto os fãs podem estar ansiosos pelo espetáculo, muitos dentro do esporte sentem que isso está exigindo um preço alto.
Quando questionados antes do Grande Prêmio do Bahrein sobre suas opiniões em relação à temporada, grande parte do grid atual expressou que considera esse número de corridas excessivo para um único ano.
Pilotos resolveram falar sobre o assunto
Carlos Sainz foi o primeiro a tomar o microfone durante a coletiva de imprensa, afirmando que o esporte atingiu um ponto em que está “à beira” do que se pode esperar dos pilotos e funcionários envolvidos.
“Na minha opinião, acho que já estamos no limite do número de corridas que o pessoal, os pilotos, o pessoal da F1, os jornalistas da F1 etc. podem realizar durante o ano se você quiser ter uma família em casa para ir ver e e para manter contato com sua casa”, disse ele à mídia
Em seguida, foi a vez de Hamilton falar, e ele compartilhou a opinião de Sainz de que o esporte está à beira do limite. “Também temos que pensar no impacto que temos no mundo. Quanto mais corridas organizamos, todo este circo viaja por todo o lado, por isso a sustentabilidade tem de estar no centro das decisões que estão a tomar.”
No entanto, alguém que estava firmemente convencido de que o esporte já ultrapassou o limite é Verstappen, que previamente afirmou que o calendário saturado o levará a se aposentar mais cedo.
“Já sinto que ultrapassamos o limite de corridas, então, para mim, pessoalmente, sei que ainda sou jovem, mas também sei que não farei isso por mais 10 anos, fazendo 24 corridas”, disse ele.