A Renault confirmará sua saída da Fórmula 1 ao final da temporada de 2025, antes da introdução da próxima geração de motores na categoria máxima do automobilismo. A confirmação foi feita nesta sexta-feira (26) por Bruno Famin, que também está deixando a liderança da Alpine.
Essa decisão pavimenta o caminho para a chegada da Mercedes, conforme relatado esta semana pela publicação inglesa Autosport. O acordo, que já era especulado para o próximo ano, ocorre em um momento delicado para a equipe francesa, que enfrenta dificuldades de desempenho na F1.
Em meio ao GP da Bélgica, que acontece neste final de semana, Famin conversou com a imprensa sobre o término da produção das unidades de potência em Viry, uma das sedes da equipe francesa. “Apresentamos um projeto, e não é uma unidade de potência,” afirmou ele.
“É um projeto muito maior, de transformação da marca Alpine, e a marca do motor está se desenvolvendo com sete novos modelos com tecnologia de ponta. Há planos ambiciosos para construção desta nova marca esportiva e torná-la conhecida fora da França, em todo o mundo”, acrescentou.
Há alguns meses, surgiu a discussão interna na Renault sobre a viabilidade de continuar produzindo motores para a Fórmula 1, considerando o custo elevado e o retorno limitado da fabricação e atualização dos propulsores. A chegada de uma nova geração de motores, que, embora mais barata que a atual, exigirá um desenvolvimento desde o início, intensificou esse debate.
Flavio Briatore foi visto na Mercedes
Flavio Briatore, que retornou como consultor da equipe após 15 anos, tem questionado a decisão de continuar com a fabricação própria de motores. Recentemente, o italiano foi visto algumas vezes nas instalações da Mercedes durante o GP da Hungria, o que gerou especulações.
A situação da Alpine ganhou atenção nas últimas semanas, especialmente após o anúncio de que suas atuais parceiras de fornecimento de combustível e lubrificantes, bp e Castrol (o braço de lubrificantes da bp), têm um contrato com a Audi para 2026.
Após avaliar outras opções, a Alpine avançou apenas com a Mercedes para o fornecimento de motores. Embora o acordo ainda não esteja formalizado e assinado, as bases já foram estabelecidas. As discussões estão focadas nos detalhes finais, o que pode levar algumas semanas ou até meses para ser concluído.