Um “Grand Chelem” acontece quando um piloto conquista em um mesmo fim de semana a pole position, vence a corrida liderando todas as voltas e com direito a volta mais rápida. Poucos pilotos ao longo da história conquistaram esse feito pra colocar com orgulho no currículo. E o tricampeão do mundo Niki Lauda, conquistou esse feito na F1.
No GP da Bélgica de 1976, em Zolder, Lauda teve um desempenho excepcional. Conquistou a pole position, liderou todas as voltas e registrou a volta mais rápida, alcançando assim um “Grand Chelem”. Seu único conquistado na categoria máxima do automobilismo mundial.
Aquela corrida parecia a confirmação da temporada em que Lauda conquistaria o bicampeonato mundial de forma tranquila. Após a bandeirada, Lauda chegava aos 39 pontos no mundial de pilotos, mais que o dobro do 2º colocado, o companheiro de Ferrari, Clay Regazzoni que estava empatado na vice-liderança com James Hunt da McLaren com os mesmos 15 pontos.
Acidente de Lauda acabou com sonho do bicampeonato em 1976
Menos de 3 meses após o GP Belga, Niki Lauda foi vítima de um grave acidente no GP da Alemanha, em Nürburgring. Ele teve graves queimaduras e mesmo contra as probabilidades, sobreviveu e chocou o mundo com uma incrível recuperação. Apesar de voltar às corridas ainda na mesma temporada, ele não conseguiu defender seu título e acabou perdendo para o rival James Hunt por apenas um ponto, ao abandonar por vontade própria o GP do Japão.
O GP da Alemanha de 1976 foi um momento crucial na vida de Lauda e na história da Fórmula 1, e sua coragem e determinação em retornar às pistas depois do acidente são consideradas extraordinárias. Lauda continuou competindo na Fórmula 1 e, eventualmente, conquistou mais dois campeonatos mundiais em 1977 e 1984, tornando-se uma lenda do esporte.