Já se passaram mais de 10 anos desde o acidente de Michael Schumacher na estância de esqui de Méribel, nos Alpes franceses. Desde então, poucas informações sobre o estado de saúde do multicampeão da Fórmula 1 foram divulgadas, principalmente devido ao sigilo mantido por sua própria família. Neste cenário, um dos principais jornais da Alemanha publicou informações inéditas.
Quando o ex-piloto da Ferrari bateu a cabeça em uma pedra, um helicóptero foi imediatamente despachado para o local e o transportou para a clínica de Moutiers. No entanto, após estabilizá-lo, ele foi transferido novamente, desta vez para um novo centro médico em Grenoble, mais equipado para lidar com seu estado.
“Ele precisou de intervenção neurocirúrgica imediata. Ele está em estado crítico”, foi relatado no primeiro boletim médico conhecido após a realização de uma cirurgia cerebral de emergência.
Desde então, poucas informações foram divulgadas sobre “Schumi”, que em junho de 2014 foi internado no hospital universitário de Lausanne, na Suíça. Após passar pouco mais de 250 dias em várias clínicas, sua esposa, Corinna Bresch, decidiu transferir o ex-piloto da Ferrari para sua residência, uma mansão localizada às margens do Lago Genebra, em Gland, na Suíça, que foi adaptada para cuidar do múltiplo campeão mundial.
Jornal revelou detalhes sobre o tratamento do Heptacampeão
O jornal alemão Bild relatou que Schumacher é monitorado 24 horas por dia por uma equipe médica composta por 15 especialistas, incluindo médicos, enfermeiros e massagistas. Essa informação já havia sido divulgada em 2015, quando até o portal britânico Daily Mail afirmou que os custos desse dispositivo médico ultrapassavam os 160 mil dólares por semana.
A mais recente revelação, conforme relatado pelo Bild em um artigo, é que a família optou por abordagens não convencionais em suas tentativas de recuperação. Uma delas envolveu o uso de fones de ouvido que reproduziam gravações das equipes de boxe. Além disso, Schumacher foi colocado em um Mercedes AMG para poder sentir o ronco do veículo.
Por mais incomum que pareça, esse procedimento visa estimular o cérebro com sons familiares, uma prática comum em tratamentos neurológicos. No caso de Schumacher, conhecido por sua afinidade com carros e velocidade, optou-se por recriar sensações familiares ligadas ao mundo automobilístico. Em outros pacientes, essa abordagem pode envolver música ou até mesmo vozes de familiares.
Schumacher é um dos pilotos mais bem-sucedidos da história, conquistando sete títulos: dois em 1994 e 1995 com a Benetton e cinco com a Ferrari de 2000 a 2004. Ao longo de 18 temporadas, ele participou de 306 Grandes Prêmios, vencendo 91 deles.