A Sauber mesmo entre os últimos no mundial de construtores respira aliviada: “Após três corridas enfrentando problemas nos pit stops, estamos vendo uma evolução positiva”, revelou o representante da equipe, Alessandro Alunni Bravi.
Durante o Grande Prêmio do Japão em Suzuka, a equipe realizou todas as trocas de pneus “sem incidentes”. Essa era a meta mínima estabelecida pela Sauber, que estava enfrentando problemas desde a primeira etapa da temporada.
“É claro que neste momento não estamos preocupados em maximizar a velocidade, mas sim com a consistência e fiabilidade das nossas paragens”, explica Alunni Bravi. “Nós fizemos isso.”
O engenheiro-chefe da Sauber, Xevi Pujolar, também elogiou a equipe de pit: “Se você olhar onde estávamos uma, duas, três corridas atrás, fiquei feliz com nossos pit stops.”
Sim, na Fórmula 1, às vezes as trocas de pneus são realizadas de forma mais rápida. Isso é um fato. “Mas estamos trabalhando nisso”, afirma Pujolar. “No geral, podemos dizer que fizemos grandes avanços. Nossas paradas não têm sido uma catástrofe, mas sim confiáveis.” E somente quando essa tendência for confirmada e puder ser mantida de forma consistente, “então podemos focar na velocidade e no desempenho”, diz Pujolar.
Sauber sofre com falta de recursos
E talvez, então, a equipe de Fórmula 1 da Suíça possa vislumbrar a possibilidade de pontuar no mundial. Durante o Grande Prêmio do Japão, as expectativas já apontavam nessa direção. Alunni Bravi menciona “sérias chances de pontuação” com Valtteri Bottas, que teve uma “corrida verdadeiramente consistente”: “Ele estava à frente de Tsunoda antes da segunda parada e conseguiu pontuar”.
Porém, atualmente, a Sauber não possui recursos suficientes para isso. A equipe está ciente de suas “limitações atuais”, assegura Alunni Bravi. “Sabíamos que iríamos recuar novamente, mas podemos nos confortar com o fato de que nosso ritmo de corrida foi igual ou até superior ao de Magnussen, apesar de Valtteri ter ficado atrás dele durante o resto da corrida e não ter conseguido atacar”.
Na verdade, Bottas terminou o Grande Prêmio no rastro do piloto da Haas, Magnussen: apenas 0,974 segundos separaram a dupla quando cruzaram a linha de chegada após 53 voltas em Suzuka.
O que Bottas vai levar desta corrida? “Definitivamente” muitos aspectos positivos. A primeira metade da corrida, em particular, foi “muito boa” em termos de desempenho do carro, já que o Sauber C44 demonstrou um “bom ritmo”.
Entretanto, a estratégia não funcionou conforme o esperado: Bottas discorda da decisão de fazer a segunda parada. A equipe precisaria “reavaliar” o timing dessa troca de pneus. Isso porque a Sauber chamou Bottas para os boxes ao mesmo tempo em que os rivais levaram seus pilotos para a troca. “Foi aí que perdemos terreno em relação aos outros”, afirmou Bottas.