E se em uma realidade alternativa, Michael Schumacher tivesse decidido deixar a Ferrari no final da década de 1990 para assinar com a McLaren? Essa possibilidade quase se concretizou na vida real, conforme revelou Norbert Haug, ex-diretor de automobilismo da Mercedes, afirmando que o piloto alemão discutiu com a equipe britânica sobre uma possível mudança.
Haug estava intimamente familiarizado com a McLaren, já que a Mercedes fornecia motores para a equipe britânica e também investia financeiramente nela. As conversas ocorreram ao longo de 1998, com vistas ao futuro próximo, mas, eventualmente, não progrediram.
“Um dia eu falei brincando que deveríamos competir juntos”, disse Haug, entrevistado no podcast Beyond the Grid. “Tivemos negociações secretas em 1998, mas nunca chegamos a lugar nenhum. Teoricamente até poderia acontecer, mas nunca avançamos com isso. Não era algo impossível porque estávamos muito bem em 1998 com o carro desenhado pelo Adrian Newey, e isso era um atrativo para qualquer piloto”, seguiu.
Haug era amigo de Michael Schumacher
Haug também representava um atrativo significativo. Como amigo próximo de Schumacher, o dirigente poderia ter facilitado a adaptação do piloto em caso de uma mudança para a McLaren.
“Eu conhecia o Michael [Schumacher] desde a época em que ele era piloto de F3 e eu era jornalista, e ele chegou na Mercedes antes de mim. Ele passou pela Jordan e depois pela Benetton, virando campeão do mundo. Depois foi para a Ferrari, onde demorou cinco anos até ser campeão em 2000. Éramos adversários ferozes, mas nossa relação sempre foi boa”, destacou.
Naquela época, Mika Häkkinen era a grande estrela da McLaren. O finlandês conquistou os campeonatos de 1998 e 1999, aproveitando um carro que parecia ser o melhor do grid. No entanto, Haug não deixou claro quem seria substituído em caso de um contrato com Schumacher, já que David Coulthard também era altamente valorizado em Woking e permaneceu lá até 2004.
Ao optar pela Ferrari, Schumacher escreveu seu nome na história. O alemão conquistou cinco títulos consecutivos entre 2000 e 2004, tornando-se o primeiro heptacampeão da Fórmula 1. Finalmente, Haug teve a oportunidade de trabalhar com essa lenda em 2010, quando a Mercedes estabeleceu sua própria equipe.