McLaren não esconde insatisfação e está de olho na relação Red Bull e Alpha Tauri

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A relação cada vez mais próxima entre as equipes AlphaTauri e Red Bull na Fórmula 1 tem chamado atenção da McLaren. Zak Brown, CEO da empresa, tem exposto preocupação acerca dessa intimidade entre as equipes, argumentando que essa situação necessita de cuidado e debate amplo futuramente. Segundo ele, é essencial que o esporte continue trilhando o caminho onde todas as equipes se mantenham independentes.

O ano de 2023 foi de incertezas para a AlphaTauri. Investimentos pesados aliados a um desempenho abaixo do esperado desgastaram a equipe que, pela primeira vez, não recebeu um piloto júnior da academia Red Bull. Todas essas adversidades levaram a empresa de energéticos a cogitar a possibilidade de desfazer-se da equipe de Faenza.

Quais foram as propostas de solução para a AlphaTauri?

Entre as diversas estratégias consideradas para reverter a situação, duas sugeridas por Oliver Mintzlaff, responsável pelos projetos na F1, se destacaram: transferir a equipe para a Inglaterra, uma vez que o setor aerodinâmico está situado em Bicester, ou estreitar os laços com a Red Bull, equipe irmã. O segundo caminho foi escolhido e, resultado disso, a AlphaTauri anunciou um pacote de atualizações inspiradas na Red Bull durante uma corrida em Singapura. Com a implementação dessas mudanças, a equipe italiana conseguiu quatro idas ao top-10 e saltou para a oitava posição no Mundial de Construtores.

As preocupações do CEO da McLaren

É justamente essa íntima relação que está no radar de Zak Brown. O CEO da McLaren fez um alerta importante sobre o perigo desse estreitamento entre essas duas equipes. “Estamos muito preocupados com a aliança entre AlphaTauri e Red Bull, e isso é algo que precisa ser abordado no futuro. Então, acho que nosso esporte ainda tem um longo caminho a percorrer para garantir que todos sejam de fato independentes”, opinou Brown.

Brown também ressaltou que, apesar de ser uma prática comum em outros esportes, a Fórmula 1 deve ser mais cautelosa em permitir duas equipes sob a mesma gestão. Distintamente, cada equipe deve trabalhar para construir sua própria vantagem competitiva sem se apoiar em uma outra. “Como disse Helmut Marko, consultor de automobilismo da Red Bull, eles farão tudo o que puderem para aproveitar a vantagem de ter duas equipes. Eu entendo isso, porque é o que dizem os regulamentos. Mas acho que precisamos olhar para a direção do esporte em relação às alianças técnicas”, concluiu Brown.

A Fórmula 1 retorna às pistas em fevereiro de 2024, dos dias 21 a 23, no Bahrein, para os testes coletivos da pré-temporada. Cabe à comunidade da F1 ficar atenta às movimentações das equipes e torcer pela manutenção da independência, competitividade e esportividade na categoria.

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