Se o desempenho da Red Bull Racing nas pistas não poderia ser melhor, a situação nos bastidores expõe uma crise na liderança da equipe. O chefe Christian Horner foi inocentado de alegações de comportamento inadequado envolvendo uma funcionária, mas enfrentou críticas públicas do pai de Max Verstappen, Jos Verstappen.
Agora, o consultor Helmut Marko revelou à imprensa austríaca que sua demissão da equipe é uma possibilidade, o que poderia afetar a permanência do tricampeão na equipe.
– Minha lealdade a ele é muito grande, e também sempre expressei isso a todos da equipe, a todos do alto escalão, que ele é uma parte importante da minha tomada de decisões sobre o futuro, bem como dentro da equipe. Por isso é muito importante que ele permaneça na equipe, incluindo, é claro, todos os outros. É muito importante que mantenhamos as pessoas-chave juntas, pois sinto que se um pilar tão importante cair, isso não será bom para a minha situação – declarou Max após a pole position em Jeddah, nesta sexta-feira.
Jos Verstappen, ex-piloto de Fórmula 1, reagiu de forma negativa ao caso envolvendo Christian Horner, que foi investigado por suposto comportamento inadequado, de natureza sexual, com uma funcionária da Red Bull Racing, que teria sido suspensa, conforme relatado pela “Skysports F1“.
Polêmica terminou em confusão
Após uma discussão com Horner no Bahrein, Jos afirmou que a permanência do dirigente poderia dividir a equipe Red Bull Racing, além de alegar que o próprio Horner estaria se retratando como vítima, quando, na verdade, estaria causando problemas.
Na mesma ocasião, rumores sobre uma possível transferência de Verstappen para a Mercedes ganharam força depois que o pai do tricampeão foi visto conversando com Toto Wolff no Grande Prêmio do Bahrein, há uma semana. O piloto da equipe alemã, George Russell, até comentou sobre essa possibilidade.
Mohammed ben Sulayem, presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), teria solicitado a Max Verstappen que expressasse publicamente apoio a Christian Horner, o que o piloto optou por não fazer. Seu pai, Jos, é considerado um aliado de Helmut Marko na gestão da Red Bull Racing, e Max também mantém uma relação positiva com o veterano.
– Então, sim, com certeza, para mim, Helmut tem que ficar. Ele construiu essa equipe junto com Dietrich (Mateschitz, fundador da RBR morto em 2022), sempre foi muito leal à equipe para garantir que todos mantivessem suas posições desde o início. É muito importante respeitar esse homem pelo que ele fez. Tem a ver com lealdade, você sabe, e integridade – acrescentou Verstappen.
O contrato de Max Verstappen com a Red Bull Racing, por enquanto, está vigente até 2028. Ele fez sua estreia na Fórmula 1 em 2015 pela equipe Toro Rosso (atualmente conhecida como AlphaTauri) e como piloto da academia de jovens talentos da Red Bull. Posteriormente, o holandês transferiu-se para a equipe principal em 2016 e tem permanecido lá desde então.