Max Verstappen diz o que pensa e joga a toalha na Red Bull
“Disputar o título de Construtores? Neste momento, em ambos os campeonatos, pensar em vencer não é realista.” Com essas palavras, ditas aos jornalistas logo após o final da corrida em Monza, Max Verstappen, jogou a tolha por vitórias no atual momento e declarou oficialmente a crise na Red Bull.
Embora essa não tenha sido a primeira corrida em que a equipe de Milton Keynes enfrentou dificuldades, já que estão há seis GPs consecutivos sem vitória, nunca o atual campeão foi tão claro ao destacar como a situação em ambos os campeonatos está fugindo do controle da equipe dominante das últimas temporadas.
Diferença nos mundiais está caindo
A Red Bull tem apenas oito pontos de vantagem sobre a McLaren no campeonato de Construtores, enquanto Verstappen ainda mantém 62 pontos sobre Lando Norris. A vitória de Charles Leclerc foi crucial, proporcionando uma grande ajuda ao seu antigo rival dos tempos de kart. “Danos limitados? De certa forma, sim”, admitiu Verstappen. “Mas não é assim que gosto de encarar o campeonato. Devemos tentar ser os arquitetos do nosso próprio destino, mas hoje é isso que temos.”
A preocupação de Verstappen era ampla e também se estendia às próximas corridas, que ocorrerão em pistas com traçados completamente diferentes de Monza: Baku e Singapura. “Não me importa,” declarou o campeão, “da forma como estamos agora, estamos mal em todos os lugares. Portanto, precisamos de muitas mudanças.”
Ao analisar a corrida de Monza, Verstappen destacou falhas significativas da equipe, incluindo problemas técnicos e de gestão estratégica: “Durante grande parte da corrida, não consegui utilizar toda a potência do motor. Tivemos um pequeno problema,” explicou ele, “e, do ponto de vista estratégico, acho que poderíamos ter feito um trabalho melhor para sermos pelo menos um pouco mais competitivos. Isso não mudaria a posição final, mas não tivemos a corrida ideal.”
Max também explicou à mídia o curioso diálogo via rádio, onde ele, de forma mais incisiva, pediu à equipe para “ficar alerta”: “Tinha a ver com a porcentagem da minha bateria,” revelou Verstappen,
“Porque obviamente existem certos níveis e maneiras de usá-la. Na prática, eu via que a bateria estava carregando, e em determinado momento você pode mudar para um modo mais rápido. Então eu perguntei, e eles disseram: ‘Ah, sim, você pode fazer isso.’ E eu respondi: ‘Vamos lá, é tão óbvio…’ Você precisa estar no topo. Sei que não estava competindo diretamente contra ninguém, mas isso não deveria importar. Ainda é uma corrida de F1, onde tudo precisa ser otimizado.” A mensagem chegou claramente a Milton Keynes.