A Marussia F1 Team foi uma equipe anglo-russa de automobilismo que competiu na Fórmula 1. A equipe tinha sede em Banbury, Oxfordshire, no Reino Unido. A operação era de responsabilidade da Manor Motorsport, que por sua vez era uma subsidiária da extinta fabricante de carross esportivos Marussia Motors, sediada em Moscou.
A equipe iniciou sua participação na Fórmula 1 em 2010 sob o nome de “Virgin Racing”, e no ano seguinte adotou o nome “Marussia Virgin Racing” com a entrada do patrocinador Marussia, até ser completamente renomeada como “Marussia F1 Team” para a temporada de 2012.
Em 7 de outubro de 2014, a equipe entrou com um pedido na Alta Corte de Londres para entrar em administração judicial. O administrador nomeado emitiu um comunicado oficial em 27 de outubro de 2014, e embora a equipe tenha sido inicialmente incluída na lista provisória de inscritos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para a temporada de 2015 da Fórmula 1, ela foi listada como “Manor F1 Team”. No entanto, em 7 de novembro de 2014, o administrador anunciou que a equipe havia encerrado suas atividades.
Em 19 de janeiro de 2015, os administradores da Marussia anunciaram o cancelamento do leilão de carros e bens da equipe, a fim de permitir uma possível venda. A equipe saiu da administração judicial em 19 de fevereiro de 2015 e foi reestabelecida como “Manor Marussia F1 Team” após novos investimentos tendo sido garantidos para salvar a equipe. Em 19 de janeiro de 2016, a equipe anunciou uma mudança de nome para “Manor Racing”.
Quando a Marussia entrou na Fórmula 1?
Em 2009, o Manor Grand Prix garantiu sua entrada na Fórmula 1 a partir da temporada de 2010, por meio de uma parceria entre a bem-sucedida equipe de corrida júnior Manor Motorsport e a Wirth Research. Antes daquele final daquele ano, a equipe se tornou conhecida como Virgin Racing, após Richard Branson, do Virgin Group, adquirir os direitos de título de patrocínio.
A Marussia foi uma das parceiras da equipe em sua temporada de estreia, na qual terminou em 12º e último lugar no campeonato de construtores. Em 11 de novembro de 2010, foi anunciada a aquisição da maior parte das ações da equipe pela fabricante russa de veículos Marussia Motors, e a equipe passou a se chamar “Marussia Virgin Racing” a partir da temporada de 2011.
Após um decepcionante início em 2011, a equipe demitiu a Wirth Research e estabeleceu uma parceria com a McLaren Applied Technologies a partir da temporada 2012. Isso resultou em uma mudança da sede em Dinnington para as antigas da Wirth em Banbury, no Reino Unido. Em novembro de 2011, a equipe solicitou permissão à Comissão da Fórmula 1 para alterar formalmente seu nome de construtora da Virgin para Marussia na temporada de 2012.
Desempenho da Marussia na Fórmula 1
Em 2012, Timo Glock, que havia competido pela equipe no ano anterior quando ainda se chamava “Marussia Virgin Racing, recebeu um novo companheiro: o francês Charles Pic, que havia terminado em quarto lugar na GP2 Series em 2011. Nessa temporada, a equipe terminou em 11º lugar no campeonato mundial de construtores.
Para a temporada de 2013, a equipe contratou o brasileiro Luiz Razia e o inglês Max Chilton, que terminaram em segundo e quarto lugar, respectivamente, na GP2 Series de 2012. No entanto, o contrato de Razia foi rompido pela Marussia devido a problemas com os patrocinadores do piloto e ele nem chegou a correr. Para substituí-lo, o piloto francês Jules Bianchi foi contratado.
Para a temporada de 2014, a Marussia anunciou um acordo com a Ferrari para o fornecimento de motores, KERS e transmissão. No Grande Prêmio de Mônaco, Jules Bianchi marcou seus primeiros pontos na Fórmula 1 e os primeiros da história da equipe Marussia, ao terminar a corrida em 9º lugar. Inicialmente, ele cruzou a linha de chegada em 8º lugar, mas recebeu uma punição e perdeu a posição para o compatriota Romain Grosjean, da Lotus.
Em 5 de outubro de 2014, no Grande Prêmio do Japão, em Suzuka, Bianchi sofreu um grave acidente na volta 44, quando sua Marussia colidiu com um trator que estava removendo o carro do piloto alemão Adrian Sutil. Ele foi levado ao Hospital Universitário de Mie, em Yokkaichi, e a prova foi encerrada antes do previsto. Foi constatado que sofreu uma lesão axonal difusa e, desde então, ficou em estado crítico. Jules Bianchi faleceu em 17 de julho de 2015, em decorrência das lesões do acidente.
Devido a problemas financeiros, a equipe Marussia não competiu no Grande Prêmio dos Estados Unidos e também no Grande Prêmio do Brasil. Em 7 de novembro de 2014, a equipe anunciou oficialmente que havia demitido cerca de 200 funcionários que ainda estavam trabalhando para a equipe e encerrando suas atividades na categoria máxima do automobilismo.
Quais foram os pilotos da Marussia na F1?
- 2010 (Como Virgin): Timo Glock e Lucas Di Grassi
- 2011 (Como Virgin): Timo Glock e Jerome d’Ambrosio
- 2012 (Como Marussia): Timo Glock e Charles Pic
- 2013 (Como Marussia): Jules Bianchi e Max Chilton
- 2014 (Como Marussia): Jules Bianchi e Max Chilton
- 2015 (Como Marussia): Will Stevens, Roberto Merhi e Alexander Rossi
- 2016 (Como Manor): Pacal Werhlein, Esteban Ocon e Rio Haryanto
Mudança de nome para Manor
Após o término da temporada de 2014, um grupo de investidores persistiu em trazer a equipe de volta para o grid em 2015. Em fevereiro, a equipe saiu da administração judicial e passou para o controle da Manor Motorsport, que a renomeou para “Manor Marussia Equipe F1”. Mesmo sem nenhuma conexão com os antigos proprietários da Marussia, a equipe manteve o nome para poder receber o dinheiro da premiação da temporada de 2014.
O nono lugar de Jules Bianchi no Grande Prêmio de Mônaco garantiu à equipa a nona posição no campeonato de construtores, o que lhes rendeu 30 milhões de euros a serem usados na temporada de 2015. O carro usado era uma versão do MR03 com modificações para se adequar ao regulamento dessa temporada.
O ex-diretor Justin King era supostamente um dos principais apoiadores da equipe. Durante toda a temporada de 2015, a equipe Marussia manteve seu nome de construtor, adotando também uma licença britânica. Em 19 de janeiro de 2016, a equipe anunciou sua mudança de nome para “Manor Racing”. A equipe competiu sob o nome do construtor MRT, que significa Manor Racing Team.
A perda do 10º lugar no campeonato de 2016 foi um golpe duro para a Manor, que sem dinheiro entrou em administração judicial em janeiro de 2017. Os funcionários da equipe foram mantidos até o final de janeiro, na esperança de que um comprador pudesse ser encontrado para garantir sua participação na temporada seguinte. No entanto, apesar das conversas com vários compradores potenciais, nenhum acordo foi alcançado e, em 27 de janeiro de 2017, a Manor fechou as portas.