Em 2016, o grupo Liberty Media adquiriu os direitos de imagem da Fórmula 1, adotando uma abordagem inovadora para atrair mais fãs e aumentar a popularidade do esporte. Oito anos depois, os números e o alcance provam que o negócio milionário, tornou-se o chamado negócio da China.
Segundo Greg Maffei, CEO do grupo, o sucesso alcançado com a categoria ao longo dos anos superou as expectativas, muito disso devido ao trabalho realizado nas redes sociais, uma área que não recebia tanta atenção da gestão anterior.
A Liberty Media comprou ações da CVC Capital Partners em 2016, grupo que controlava a categoria desde meados dos anos 2000. Na época, Bernie Ecclestone liderava a Fórmula 1 e mostrava certa resistência à expansão do esporte nas redes sociais, temendo que isso pudesse prejudicar os negócios com os parceiros de transmissão.
Um novo modo voltado aos fãs da categoria
No início de 2017, após a Liberty Media concluir a aquisição de mais de 50% das ações da Fórmula 1, Bernie Ecclestone deixou o cargo de chefão da categoria, sendo substituído por Chase Carey. Desde então, os atuais proprietários da F1 adotaram uma abordagem diferente para atrair novos fãs, iniciando projetos de divulgação nas redes sociais e lançando a série “Drive to Survive“, produzida pela Netflix. Com uma receita que ultrapassou US$ 553 milhões (aproximadamente R$ 2,9 bilhões na cotação do dia), Greg Maffei admitiu que a Liberty Media fez um excelente negócio com a Fórmula 1.
“Francamente, acho que ficou melhor do que esperávamos. Fizemos algumas jogadas inteligentes, mas também acho que tivemos muita sorte. Isso não é fruto apenas do Drive to Survive. Tivemos ótimas corridas, grandes histórias, e o que os próprios pilotos fizeram nas redes sociais foi algo que abriu um caminho que antes não era permitido”, revelou o executivo.
Embora o grupo Liberty Media tenha impulsionado o crescimento exponencial da Fórmula 1, o CEO da empresa reconhece que Bernie Ecclestone pavimentou o caminho para que a categoria alcançasse o patamar atual.
“Bernie merece enorme crédito pelo que construiu com o esporte, um gênio inacreditável. Mas as coisas mudam. A realidade é que você passou de um mundo onde você estava preocupado pensando quanto os parceiros de transmissão vão pagar lhe pagar se tiver essa exposição de graça, para um mundo onde todos os esportes já abraçaram as redes sociais e seus atletas se tornaram grandes personalidades neste meio.