Gunther Steiner, ex-chefe da equipe Haas de Fórmula 1, não poupou críticas à decisão de Gene Haas, proprietário da escuderia, de não renovar seu contrato. Em uma entrevista ao RacingNews365, Steiner expressou sua perplexidade em relação à escolha do dono da equipe norte-americana.
“Não entendo, mas ele Gene faz o que quiser. Respeito, mas nunca faria isso, pois me parece um ‘caminho para lugar nenhum’. No fim, preciso acatar, pois ele manda na equipe, então quem sou eu para dizer o que ele deve fazer? Faz o que quiser e eu farei o que bem entender, simples assim. A vida é assim e posso viver com minhas escolhas”, declarou Steiner.
Ex- chefe da Haas
O ex-chefe da Haas destacou seu papel crucial em manter a equipe na F1 durante a temporada de 2020, quando conseguiu angariar patrocinadores para evitar a quebra da escuderia.
“Sou bem teimoso, e diria que a teimosia manteve a equipe unida. Em 2020, com a pandemia, o Gene obviamente queria encerrar tudo, disse que estava pronto para fechar. Eu disse que, se eu achasse o dinheiro, continuaríamos. Ele concordou, então achei o dinheiro e a equipe seguiu”, afirmou Steiner.
Essa decisão, no entanto, trouxe desafios nos anos seguintes, com o time enfrentando dificuldades e uma queda de desempenho. Steiner, que chefiou a equipe desde sua entrada na F1 em 2016, será substituído pelo japonês Ayao Komatsu, ex-chefe de engenharia da equipe. O ex-chefe da Haas refletiu sobre o período após a perda da fonte de dinheiro em 2020, considerando-o o pior momento da equipe.
Essas declarações de Steiner revelam a complexidade da dinâmica interna na Haas e as tensões que podem surgir nos bastidores das equipes de Fórmula 1.