George Russell não aguenta mais ficar calado e faz dura cobrança para Fórmula 1

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Na esfera da Fórmula 1, um audacioso alvo tem sido almejado nos últimos três anos – estabelecer a temporada mais longa da história da categoria. Contudo, a pandemia do coronavírus e a conflituosa situação entre Ucrânia e Rússia vêm gradativamente diminuindo a lista de corridas anuais. Para 2024, há especulações de um calendário composto por 24 corridas, um número que já é motivo de preocupação para alguns pilotos.

George Russell, piloto que se destacou na última temporada de 2023 com suas 22 etapas, expressou recentemente suas inquietações sobre os impactos físicos que um calendário extenso pode causar. Ao falar sobre os desafios enfrentados por ele, Russell citou adversidades como doenças e desconfortos físicos.

Os desafios de uma temporada extensa

“Eu estava tossindo umas quatro vezes por volta, então estava me sentindo bastante incomodado lá no carro. Durante as últimas duas semanas, enfermei gravemente; em Vegas, com febre alta, eu não conseguia dormir e me sentia muito mal. Depois tive uma tosse incessante, que me acompanhou durante toda a semana. Isso tornou ainda mais difícil respirar quando eu estava preso dentro do carro”, relatou Russell, que alcançou o terceiro lugar no GP de Abu Dhabi que encerrou a última temporada.

O calendário da F1 de 2020 previa originalmente 22 etapas, um número recordista. Contudo, a realidade tornada pela pandemia do coronavírus reduziu o número para 17, após uma série de cancelamentos e reorganizações devido à crise sanitária. Nos anos seguintes, as tentativas de expandir o calendário também foram frustradas, por diferentes motivos.

Quais são as perspectivas para 2024?

Para a temporada de 2024, há discussões a respeito de medidas que possam amenizar a sobrecarga dos trabalhadores envolvidos na F1. “Isso seria benéfico. Não acho que seja viável para quatro mil pessoas trabalharem em 24 corridas em uma temporada, especialmente quando você observa que geograficamente falando, não faz sentido”, alertou Russell.

Além disso, há uma crescente preocupação com o bem-estar do pessoal do paddock, que têm enfrentado desafios físicos e mentais devido ao ritmo intenso e frequente de viagens. Como George Russell apontou, as mudanças constantes de fuso horário, alimentação e condições climáticas são fatores que afetam significativamente a saúde desses profissionais.

Portanto, fica evidente a necessidade de um olhar mais atento à estruturação do calendário da F1. Para que o espetáculo continue sendo levado a milhões de fãs ao redor do mundo, é preciso garantir que todos os profissionais envolvidos possam trabalhar em condições adequadas para manter a qualidade e a segurança do esporte.

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