O mundo do automobilismo presenciou recentemente um incêndio que atingiu a garagem da Williams Advanced Engineering (WAE), empresa que fornece as baterias para a Formula E. O incidente ocorreu durante a pré-temporada de Valência, e desde então, a categoria tem estudado maneiras de intensificar as medidas de segurança, a fim de impedir incidentes semelhantes no futuro.
O episódio surpreendeu a todos, uma vez que é a primeira vez que algo deste tipo ocorre desde a fundação da categoria, em 2014. As chamas irromperam no dia 24 de outubro, uma terça-feira, durante a pausa para o almoço, após a primeira metade do teste de preparação para a temporada. O fogo, que se originou de um problema com o dispositivo de armazenamento de energia, mais conhecido como RESS (rechargeable energy storage system), foi rapidamente controlado e não houve vítimas, mas provocou a evacuação do circuito por um dia inteiro.
O que causou o incêndio na Fórmula E?
A causa exata foi atribuída a um problema de falha de comunicação entre o RESS no carro da DS Penske de Robert Shwartzman e o sistema de gerenciamento de bateria, apelidado de BMS (battery management system). Um contato do aparelho acionou uma série de faíscas, o que resultou no fogo. De acordo com o portal inglês The Race, a investigação conduzida pela WAE e pela FIA constatou esta falha como o detonador do incidente.
O carro havia sido retirado da pista e levado a uma zona de quarentena, onde a unidade de potência foi removida, seguindo protocolos de segurança previamente establecidos. No entanto, durante a investigação do problema, o RESS foi levado para a garagem da fabricante. Lá, a falha de comunicação disparou o incidente.
Como a Fórmula E planeja combater futuros incidentes?
Diante do ocorrido, foram sugeridas uma série de medidas preventivas e novos protocolos. A WAE prometeu fabricar novos contatores para substituir os atuais em todos os sistemas RESS. Em adição a isso, a fabricante também irá publicar limites de segurança e de temperatura para estes equipamentos, além de atualizações na programação do sistema de gerenciamento de bateria.
Seguem-se outras alterações, como mudanças nos parâmetros de temperatura dos contatores e aprimoramentos necessários nos sistemas RESS. Se detectada qualquer falha na comunicação entre o BMS e o RESS, um alerta vermelho será acionado imediatamente no software da garagem da WAE.
Estas ações contam com o apoio da Fórmula E e estão previstas para serem aplicadas já no início do campeonato, na Cidade do México. Quanto aos jornalistas, sugeriu-se a ampliação do sistema de alarme sonoro, tendo em vista que o centro de mídia, localizado acima da garagem, não foi devidamente alertado no momento do incêndio.
