Foi demitido recentemente e resolveu dar pitaco na recusa da Fórmula 1 pra Andretti

O ex-chefe da equipe Haas, Guenther Steiner, comentou sobre a recente decisão da Formula 1 de recusar a entrada da equipe Andretti na categoria antes de 2028. Segundo Steiner, a decisão não apenas protege a Formula 1, mas também a própria equipe Andretti, dando a ela mais tempo para desenvolver um carro competitivo.

Ambição e proteção

Steiner acrescentou que, talvez, a Formula 1 tenha achado os planos da Andretti “muito ambiciosos”. “Não tenho todas as informações. Talvez eles tenham olhado para [os planos da Andretti] e tenham gostado, mas querem ter certeza de que terão sucesso quando chegarem, protegê-los de si mesmo”, argumentou Steiner. Cabendo destacar que, mesmo com a aprovação da candidatura da Andretti pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em outubro do ano passado, a entrada da equipe ainda necessitava do apoio da Formula One Management (FOM) e das demais equipes da categoria.

Equilíbrio e competitividade

Steiner alertou sobre a complexidade de incluir novas equipes na Formula 1, destacando que a chegada de uma nova equipe, mesmo que competitiva, pode prejudicar as demais. “Para ter mais equipes, é preciso dividir o dinheiro com mais pessoas, o que rende menos para todos”, disse. Isso poderia levar à situação em que algumas equipes, mesmo sendo competitivas, não teriam recursos suficientes e ficariam para trás, explica Steiner. Nesse sentido, o ex-chefe da equipe Haas ressaltou a necessidade de manter a Andretti por perto, apesar da recusa.

Mudanças na Fórmula 1

Steiner ressaltou que a Formula 1 passou por várias mudanças nos últimos anos, incluindo a implementação de um teto orçamentário e um aumento no número de testes aerodinâmicos para aumentar a competitividade. Atribui-se a essas mudanças a maior pressão sobre as novas equipes para serem competitivas desde o início.  “Quando chegamos, era uma F1 completamente diferente do que é agora”, explicou Steiner, enfatizando que a categoria exige agora uma preparação mais robusta e cuidadosa das equipes que desejam entrar. Seguindo este raciocínio, Guenther Steiner concluiu sua argumentação. “É muito, muito difícil. Portanto, você precisa ter 100% de certeza de que pode provar que terá sucesso”, concluiu. As atenções agora se voltam para os testes coletivos da pré-temporada da Fórmula 1, que acontecem de 21 a 23 de fevereiro, no Bahrein, na pista de Sakhir.