FIA se manifesta sobre asas flexíveis: McLaren e Mercedes serão punidas?

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A FIA divulgou uma declaração para esclarecer sua posição sobre o nível de flexão das asas dianteiras, atualmente em foco devido a uma diretiva técnica recente. Nas últimas semanas, a flexibilidade das asas dianteiras de alguns dos principais carros da F1 tem atraído atenção. A entidade máxima do automobilismo está monitorando a extensão dessa flexão por meio de uma diretriz técnica implementada durante o Grande Prêmio da Bélgica.

Desde o Grande Prêmio da Bélgica, o TD034G tem permitido que a FIA monitore de perto o nível de flexibilidade das asas dianteiras usando câmeras de ultra-alta resolução e pontos de rastreamento.

Embora todas as equipes tenham passado pelas verificações e testes de carga atuais, algumas das principais equipes expressaram insatisfação com o nível de flexibilidade demonstrado pela McLaren e pela Mercedes. Ferrari, Red Bull e Williams apresentaram suas preocupações à FIA.

Fred Vasseur, chefe da equipe Ferrari, deve discutir o assunto com o diretor de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis. Christian Horner, chefe da Red Bull, afirmou que sua equipe está pronta para ajustar sua asa dianteira se for necessário enfrentar níveis mais altos de flexibilidade.

Comunicado da FIA

Nesta terça-feira (3), a FIA emitiu um comunicado esclarecendo sua posição após o período inicial de monitoramento.

“A FIA está inspecionando as asas dianteiras em todos os eventos, realizando diversas verificações (conformidade das superfícies, conformidade das deflexões) de acordo com o Regulamento Técnico da F1 relevante”, diz o comunicado.

Monitoramento tem sido um desafio

O órgão regulador também explicou que os atuais testes de carga estática, que verificam os níveis de flexibilidade, podem precisar ser ajustados para 2025 e reconheceu que monitorar as asas dianteiras de forma uniforme tem sido um desafio.

“Nenhum componente é infinitamente rígido, por isso há testes de carga-deflexão nos Regulamentos”, afirma a declaração.

“A asa dianteira tem sido uma área desafiadora ao longo dos anos, pois os padrões de carga aerodinâmica variam entre diferentes competidores, dificultando a definição de um vetor de carga que cubra todos os tipos de construção de asa dianteira.

“Outras áreas do carro – como a asa traseira e as bordas do assoalho – possuem padrões de carga aerodinâmica muito mais consistentes em toda a grade, tornando o teste de deflexão de carga mais universal.

“A FIA reserva-se o direito de introduzir novos testes se houver suspeitas de irregularidades. Não há planos para medidas de curto prazo, mas estamos avaliando a situação com uma perspectiva de médio e longo prazo.”

Após o Grande Prêmio da Itália, as demandas por uma análise mais detalhada da flexibilidade da asa dianteira aumentaram, conforme declarado pelo consultor da Red Bull, Helmut Marko, à ORF da Áustria.

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