FIA pede para McLaren mudar asas no carro: Equipe pode perder pontos conquistados?

0

A FIA solicitou que a McLaren alterasse o design da asa traseira após a controvérsia em torno de seu “mini-DRS”, segundo informação do site Motorsport.com. Após o GP do Azerbaijão, equipes rivais levantaram questões sobre a legalidade da asa traseira da McLaren, já que o elemento superior parecia se mover para trás, criando um slot. Como resultado, a FIA tem examinado atentamente o design da peça.

Apesar de não haver dúvidas de que a asa está em total conformidade com os regulamentos atuais e passa em todos os testes estáticos, a FIA solicitou que fossem feitas alterações. Vale ressaltar que nenhuma punição foi aplicada a equipe, com isso os pontos já conquistados, seguem mantidos na classificação de pilotos e construtores.

Peça já projetada pode ser usada

A McLaren ainda pode utilizar a asa de baixo arrasto que usou em Baku nas pistas para as quais foi projetada, mas precisa modificar o design para impedir que o elemento superior flexione como ocorreu anteriormente.

Embora os regulamentos da FIA se concentrem em garantir que as asas atendam aos testes de carga estática, outros aspectos do comportamento da peça também são considerados em termos de legalidade.

Isso foi esclarecido em uma diretiva técnica de longa data para as equipes. O documento afirma que, embora seja normal que as peças flexionem sob carga aerodinâmica, a FIA não aceita componentes projetados para se mover de maneira específica.

O que diz o regulamento?

Na TD34, a FIA deixa claro que não considera legal: “projetos cujas características estruturais são alteradas por parâmetros secundários, resultando em uma deflexão diferente durante a corrida em comparação ao que ocorre nas verificações da FIA. Exemplos de parâmetros secundários incluem temperatura, carga aerodinâmica, entre outros.”

A decisão da FIA de solicitar à McLaren a modificação de sua asa traseira surgiu após um certo desconforto entre as equipes rivais em relação ao projeto. Embora a entidade tenha anteriormente desconsiderado as preocupações sobre asas dianteiras flexíveis, agora está aberta a tomar medidas em relação ao que ocorre na parte traseira.

Essa ação pode tranquilizar as equipes que temem que, se o design da McLaren for aprovado, isso possa levar a uma exploração ainda maior dos regulamentos.

Um chefe de equipe comentou ao Motorsport.com: “A elasticidade aerodinâmica tem sido um tema discutido por muitos anos, e mesmo que uma asa passe nos testes da FIA, os regulamentos são claros: o componente não pode ser projetado para flexionar.

“Confiamos na FIA para definir quais são os limites. É claro que tudo flexiona até certo ponto, mas precisamos saber o que é aceitável e o que não é.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.