Os pneus menores planejados para a Fórmula 1 em 2026 serão um pouco maiores do que inicialmente previsto pela FIA. Na semana passada, o órgão regulador do esporte anunciou um novo conjunto de regras técnicas, que inclui o uso de pneus dianteiros e traseiros mais estreitos. Contudo, a redução proposta de 25 mm na frente e 30 mm atrás é menos agressiva do que se esperava.
Segundo Jan Monchaux, diretor técnico de monopostos da FIA, a decisão foi motivada por preocupações com a capacidade dos pneus de lidar com a potência dos motores de 2026, que deverá atingir 1.100 bhp.
“Não queremos que os pneus se tornem um problema no início de 2026”, afirmou ele à imprensa. “Essas novas unidades de potência terão, teoricamente, uma quantidade absurda de potência, especialmente na fase de tração. Optamos por não reduzir ainda mais o tamanho dos pneus por precaução.”
É relevante lembrar que a largura dos pneus foi aumentada na F1 em 2017 e, cinco anos depois, foram introduzidas rodas de 18 polegadas (457 mm) em substituição às de 13 polegadas (330 mm). A FIA considerou retornar às rodas menores de 16 polegadas, mas descartou a ideia devido ao risco de superaquecimento dos pneus.
“Essa redução nos pneus é certamente menor do que o esperado”, admitiu Monchaux. “No entanto, não queríamos nos afastar muito do produto conhecido que usamos atualmente e com o qual estamos relativamente satisfeitos. Já temos mudanças significativas com a unidade de potência, o chassi e as regulamentações aerodinâmicas. Adicionar mais riscos potenciais não seria prudente.”
Comparação com os pneus atuais
Os novos pneus terão aproximadamente 8% menos de largura em comparação com os atuais. “Não esperamos uma diferença significativa na aderência mecânica geral devido a essas mudanças nos pneus”, explicou Monchaux. “Pode haver uma leve redução devido ao tamanho menor, mas não é algo que nos preocupe muito.”
A FIA concederá às equipes e à Pirelli, fornecedora oficial de pneus da F1, oportunidades adicionais para testes antes de 2026. Esses testes estão programados para começar em setembro deste ano e continuarão ao longo de 2025.