A Ferrari não deu muita importância às reclamações de Charles Leclerc após o toque com Carlos Sainz na terceira volta do Grande Prêmio da Espanha, realizado no domingo (23). O chefe da equipe italiana, Frédéric Vasseur, deixou claro que não foi nesse incidente que a equipe perdeu para suas rivais diretas McLaren e Mercedes mais uma vez, destacando um déficit de 0,2 segundos por volta que fez toda a diferença.
Leclerc, que largou em quinto lugar, à frente de Sainz, ficou irritado com a manobra de seu companheiro de equipe na curva 1, argumentando que Carlos tentou forçar a ultrapassagem para “fazer algo espetacular considerando o momento da sua carreira”. Por outro lado, Sainz defendeu-se afirmando que Leclerc “sempre reclama”.
Diante dos jornalistas em Barcelona, Vasseur minimizou o incidente e assegurou que “foi um contato leve, e não perdemos nada naquela situação”.
“Estávamos em quinto e sexto no grid, e embora estivéssemos muito perto, perdemos alguns segundos. Acho que estávamos a uma volta de alcançar [George]Russell no final da corrida. Largamos em quinto e sexto e terminamos nas mesmas posições, a conclusão então é que precisamos fazer um trabalho melhor no sábado”, finalizou.
Vasseur desmentiu Leclerc sobre dano no carro
Leclerc ainda afirmou ter sofrido danos na asa dianteira devido ao incidente com Sainz, mas Vasseur negou essa informação. “Segundo os dados, não identificamos nenhum problema no carro de Leclerc após o contato com Sainz.”
“Acho que foi mais um problema de timing. Charles perdeu cerca de 0s5 naquele momento, mas podemos apontar outros dez exemplos em que perdemos 0s5 na corrida”, continuou.
Por fim, em relação às estratégias diferentes, Vasseur explicou que o objetivo de Sainz era pressionar Russell, que também adotou a mesma tática utilizando pneus duros para o trecho final da corrida.