Ferrari não dorme no ponto e já tem nomes da Renault na mira
A Ferrari parece disposta a continuar suas contratações na França. Após a chegada do novo diretor técnico Loic Serra, vindo da Mercedes e que iniciou suas atividades em Maranello nesta semana, após o término do seu longo período de “jardineira”, Frederic Vasseur demonstra intenção de trazer mais engenheiros franceses para reforçar a estrutura técnica da equipe.
Essa movimentação foi revelada por Luca De Meo, CEO do grupo Renault, em uma recente entrevista ao jornal esportivo L’Equipe. Ele explicou os motivos que levaram a Alpine a deixar de fabricar seus próprios motores e a se tornar, a partir de 2026, uma equipe cliente da Mercedes.
Ferrari de olho em alguns profissionais
Essa decisão da Alpine também trará repercussões no mercado de trabalho da Fórmula 1. De Meo garantiu que não haverá demissões na fábrica de Viry-Chatillon, onde os motores da Renault são produzidos, mas admitiu que alguns engenheiros poderiam optar por buscar novas oportunidades no setor.
Ele mencionou que Vasseur, chefe da Scuderia Ferrari, já havia entrado em contato com a Renault-Alpine para saber mais sobre a possibilidade de contratar alguns desses engenheiros, inclusive pedindo que o período de “jardineira” fosse encurtado ou dispensado.
“Garantimos que não haverá perda de empregos, mas se algumas pessoas quiserem desenhar motores para a Fórmula 1 em outro lugar, não teremos problemas em liberá-los”, disse De Meo.
“Fred Vasseur nos ligou perguntando se poderia contratar alguns de nossos técnicos e se poderíamos dispensá-los do período de ‘jardineira’. É assim que as coisas funcionam, não vamos impedir o futuro dos nossos profissionais.”
Vasseur, que foi chefe de equipe da Renault em 2016, bem antes de De Meo assumir o comando do grupo em 2020, provavelmente tem um bom conhecimento dos engenheiros envolvidos no desenvolvimento da unidade de potência da Alpine.