Ex-engenheiro da Mercedes joga no ventilador e faz acusação contra Lewis Hamilton

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O piloto da Mercedes e heptacampeão mundial, Lewis Hamilton, tende a “se desmotivar um pouco” quando não tem chances de vencer uma corrida de F1. Essa é a acusação do ex-engenheiro da Mercedes, Philipp Brändle, que considera “lamentável” que Hamilton só dirija a “200 por cento” quando a vitória está em disputa.

Hamilton encerrou uma espera de 945 dias por uma vitória, a mais longa seca de sua carreira na F1, ao conquistar uma emocionante vitória no Grande Prêmio da Grã-Bretanha em Silverstone no mês passado.

O piloto da Mercedes repetiu o feito semanas depois, alcançando sua 105ª vitória, um recorde, no Grande Prêmio da Bélgica em Spa, onde herdou o triunfo após a desclassificação de seu companheiro de equipe, George Russell, nas verificações pós-corrida.

Seca de duas temporadas

O retorno de Hamilton ao topo do pódio ocorreu após duas temporadas sem vitórias com a Mercedes em 2022/23, período em que a equipe lutou para se adaptar aos regulamentos de efeito solo da F1, deixando o piloto de 39 anos frequentemente frustrado.

Brändle, que atuou como engenheiro de aerodinâmica na Mercedes ao lado de Hamilton, acredita que o piloto se energiza quando tem uma chance real de vitória, mas “perde um pouco de motivação” quando o carro não é competitivo o suficiente para disputar a liderança.

Em entrevista ao veículo alemão Motorsport-Total, ele afirmou: “O que sempre o destaca, tanto de forma positiva quanto negativa, é que, quando sabe que pode vencer, ele pilota a 200 por cento.”

“Mas se ele sentir que o carro não está respondendo bem, ou que não tem chances reais de vencer a corrida, infelizmente ele se desanima um pouco, o que é uma pena.

Por outro lado, se ele perceber a menor chance, ele pilota como ninguém, tão bem quanto sempre.”

Brändle acredita que Hamilton não possui a mesma capacidade de análise de dados e aproveitamento da tecnologia que Russell e Nico Rosberg, seu antigo companheiro de equipe, que o derrotou na disputa pelo título em 2016.

No entanto, ele considera que Hamilton compensa essa limitação com seu toque e sensibilidade naturais ao carro, comparando essas qualidades às do também heptacampeão mundial Michael Schumacher.

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