Na Fórmula 1, é comum que um piloto que consiga conquistar um título da categoria tenha um tempo maior de permanência na equipe, sendo que é difícil que alguém decida sair após uma conquista tão importante. Porém, Nico Rosberg não foi o primeiro a definir sua saída da escudeira onde foi campeão ao final da temporada. Em 1996, Damon Hill teve a mesma decisão, de deixar a Williams após ter conquistado o Mundial de Pilotos.
Porém, diferente de Rosberg, que anunciou a sua aposentadoria logo após ter batido Lewis Hamilton, Hill ainda foi correr pela Arrows, antes de decidir deixar a categoria de vez. Em entrevista concedida para o podcast “Beyond the Grid“, o co-fundador da Williams, Patrick Head, apontou que a saída de Hill aconteceu por conta da atitude de seus empresários na hora de negociar uma renovação.
“Damon tinha o hábito de empregar personagens obscuros e tinha uma espécie de empresário na época, Michael Breen, que não era o personagem mais charmoso. Ele era muito arrogante. Ele disse a Frank: ‘Damon nem mesmo pensa em correr para você, se receber uma quantia que seja menos que cinco vezes o seu salário de 1995’. Frank pensou, e um silêncio desconfortável caiu. Deve ter havido um ou dois minutos de silêncio total e então Frank disse: ‘Michael, sugiro que você pegue sua pasta da minha mesa, a porta está ali. Por favor, saia’. Breen estava tão certo de que eles receberiam aquela quantia de dinheiro, mas vimos que Damon não estaria lá. Isso é tudo, foi uma pena”, apontou Head.
Co-fundador da Williams aponta que Damon Hill não deveria ter saído após ter conquistado o título da F1
Ainda, durante a sua entrevista, Patrick Head apontou que, para ele, a saída de Damon Hill após ter conquistado o título da categoria foi um verdadeiro erro para todos os lados. “Foi um grande erro e talvez egos e outras coisas tenham interferido”. Para o lugar de Hill, a Williams contratou Heinz-Harald Frentzen para fazer dupla com Jaques Villeneuve, que conquistou o título da F1 da temporada de 1997.