Duas equipes cometem infração no teto de gastos e são punidas pela FIA
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) surpreendeu o mundo do automobilismo na manhã desta quarta-feira (23) ao anunciar que as equipes Nissan e Jaguar ultrapassaram o teto de gastos na Fórmula E, fixado em aproximadamente € 13 milhões (cerca de R$ 79,8 milhões) na temporada 2022/23.
Como penalidade, ambas as equipes serão impedidas de participar da primeira sessão da pré-temporada em Valência, marcada para o dia 4 de novembro, resultando em três horas de testes a menos em relação aos seus concorrentes.
Além da punição na pista, penalidade no bolso foi confirmada
Além das sanções, as equipes foram multadas. A Nissan, que excedeu o limite em 1,96% (aproximadamente € 270 mil ou R$ 1,6 milhão), terá que pagar € 300 mil (R$ 1,8 milhão). Já a Jaguar infringiu a regra em 0,6%, o que equivale a cerca de € 88 mil (R$ 540 mil), resultando em uma multa de € 100 mil (R$ 614 mil).
A FIA também coletou as assinaturas das duas equipes no documento conhecido como ‘Accepted Breach Agreement’, no qual os times reconhecem oficialmente que ultrapassaram o limite. Um caso semelhante ocorreu com a Red Bull, que também infringiu o teto de gastos da F1 em 2021 e foi punida em 2022.
Apesar da violação do teto orçamentário, a FIA destacou a colaboração das equipes e observou que a temporada 2022/23 incluiu a primeira investigação abrangente prevista pela nova regra. A análise concluiu que não houve indícios de ações “desonestas, de má fé ou fraudulentas”, assegurando que Nissan e Jaguar não ocultaram informações da entidade.
Com isso, Mitch Evans, Nick Cassidy, Oliver Rowland e Norman Nato, as duplas de Jaguar e Nissan, terão três horas a menos de testes em comparação aos demais competidores. A partir da segunda sessão, no entanto, eles estarão autorizados a voltar à pista. As sanções não afetarão a participação das equipes no teste exclusivo para pilotas, agendado para o dia 7 de novembro.