Conheça o REAL plano da Ferrari que envolve Lewis Hamilton

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Enrico Cardile teve sua saída confirmada da Ferrari na Fórmula 1 após 20 anos de serviço. No entanto, a equipe não está despreparada para essa mudança. O chefe Frédéric Vasseur está projetando o time do futuro, com o novo diretor técnico, que não será Loic Serra, mas um “nome secreto” que só deverá revelado após as férias de verão.

A saída de Cardile foi confirmada na última segunda-feira (08), e sua função será assumida interinamente por Vasseur. Curiosamente, no domingo (07), o chefe havia garantido que Cardile continuaria regularmente em seu cargo, tentando manter uma pretensa estabilidade que só ele parecia acreditar.

A saída do engenheiro de 55 anos certamente não é uma surpresa. Em maio, o site Motorsport.com já havia antecipado o interesse de Lawrence Stroll em Cardile, visto como a pessoa certa para organizar o grupo de trabalho técnico na nova sede da equipe, que está em fase de conclusão, e para trazer o know-how da Ferrari em relação ao carro de 2026 e à nova unidade de potência.

Cardile, um engenheiro especializado em aerodinâmica, não é um projetista de F1, mas é considerado um organizador competente do departamento técnico. Sua saída da Ferrari, embora oficializada apenas ontem, não pode ser vista como uma surpresa.

Pelo contrário, alguns interpretaram o gesto de Vasseur de assumir também o lado técnico com perplexidade, mas isso é infundado. A sensação é que o plano que o francês tem em mente há algum tempo finalmente está sendo implementado: a definição de uma Ferrari conforme seus desejos e os do presidente John Elkann.

É verdade que Cardile trabalhou até o fim e que ele é responsável pelo SF-24, que está em declínio. No entanto, é igualmente verdade que o plano do chefe envolve um projeto diferente, com novos rostos entrando em ação imediatamente após as férias de verão.

Seria fácil pensar que a solução para todos os problemas seria Adrian Newey, mas o inglês não parece muito interessado em ir para Maranello. Houve quem afirmasse que o inglês já havia assinado contrato, mas é muito mais provável que ele deixe a opção assinada expirar no final do mês, apesar das ofertas financeiras dos emissários de John Elkann.

Newey deseja ser um espírito livre, atuando como consultor externo sem as restrições da presença diária no departamento de corridas. Ele quer estar disponível quando necessário para a definição de um novo carro, mas depois se afastar para seguir seus inúmeros interesses desenvolvidos ao longo dos anos.

Vasseur, portanto, assumiu a função de diretor técnico interino para não confiar o trabalho a alguém que já está lá. Está claro que ele está esperando que alguém seja liberado para assumir o cargo. Esse “Mister X” não será Loic Serra, o francês que chegará em 1º de outubro vindo da Mercedes, juntamente com Jerome D’Ambrosio, o belga que se tornará vice-diretor da equipe.

Projeto envolvendo Hamilton

Serra assumirá o papel de chefe da engenharia de desempenho do chassi, diretamente subordinado ao novo diretor técnico “Mister X”, supervisionando áreas como desenvolvimento de pista, aerodinâmica e desempenho. Lewis Hamilton indicou alguns nomes, e não está garantido que todos venham da Mercedes, indicando que a equipe não se limitará apenas ao DT. Recentemente, a Ferrari também contratou Cedric Sambardier da Red Bull para Maranello, um especialista francês em compostos que possui experiência na Sauber.

Embora Vasseur não admita abertamente, toda a atenção já está voltada para o projeto da Ferrari destinado a Lewis Hamilton. Este projeto não é identificado pelo número de projeto, 677, mas sim pelo nome do vencedor de Silverstone que pilotará o carro no próximo ano.

Antecipamos que o próximo carro da Ferrari será completamente novo em relação ao SF-24: a suspensão dianteira será pull-rod e o chassi será redesenhado não apenas para alterar a cinemática das conexões, mas também para redistribuir o peso de forma diferente. A carenagem será ajustada para mover o cockpit mais para trás, aumentando a distância entre a roda dianteira e os sidepods, seguindo uma abordagem semelhante à da Red Bull e McLaren.

Enquanto isso, o SF-24 enfrentou dificuldades desde os desenvolvimentos introduzidos na Espanha, resultando em uma perda de competitividade para a Ferrari desde Mônaco. A equipe agora ocupa a posição de quarta força, superada até mesmo pela Mercedes.

Após a decepção em Silverstone, Carlos Sainz explicou que os engenheiros da Ferrari identificaram os problemas, gerando esperança de uma recuperação para o carro que recentemente não tem apresentado bom desempenho. As corridas na Hungria e em Singapura são cruciais no calendário, pois teoricamente oferecem ao SF-24 a oportunidade de se reerguer.

Serão feitos esforços para recuperar o que for possível, considerando que o orçamento de desenvolvimento já foi totalmente alocado e não se deseja desviar recursos do projeto do carro destinado a Lewis Hamilton. Nesse contexto, é compreensível o desânimo de Charles Leclerc, que enfrenta uma fase de resultados ruins da qual ele precisa sair por conta própria.

Leclerc precisa manter a fé em seu potencial e na capacidade de competir com Hamilton no próximo ano. Vasseur, embora seja um grande amigo do monegasco, parece não estar oferecendo o suporte emocional necessário neste momento, talvez devido a outras prioridades urgentes que precisam ser endereçadas.

Enquanto a Ferrari passa por mudanças discretas, diversas figuras técnicas já começaram a explorar novas oportunidades em outros lugares.

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