Lawrence Stroll bate o martelo e vai vender a Aston Martin
O relançamento da Aston Martin vai além da aguardada chegada de Adrian Newey e da criação de uma equipe dos sonhos composta por engenheiros de ponta, algo raro na história da Fórmula 1.
De acordo com os jornalistas ingleses da Sky News, Lawrence Stroll estaria prestes a vender entre 20% e 25% das ações da equipe com sede em Silverstone, abrindo caminho para a entrada de dois fundos de investimento norte-americanos extremamente ricos e estáveis.
Com essa medida, o magnata canadense garantiria uma base financeira ainda mais sólida para a equipe, não apenas injetando novo capital, mas também elevando o valor da Aston Martin F1 para algo entre 1,5 e 2 bilhões de dólares.
Quais são os fundos interessados?
Os dois fundos americanos que estão prestes a adquirir ações da equipe são o HPS Investment Partners e o Accel Partners. O primeiro é uma empresa que administra ativos avaliados em aproximadamente 115 bilhões de dólares, enquanto o segundo é uma das gigantes de Silicon Valley, conhecida por investir em algumas das maiores empresas do setor tecnológico, como Facebook, Dropbox e Spotify.
Ainda segundo a reportagem da Sky News UK, a venda das ações da Aston Martin F1 também ajudaria a refinanciar a dívida contraída pela equipe para a construção da nova fábrica futurista em Silverstone, inaugurada recentemente.
A venda das ações para os dois grandes fundos de investimento norte-americanos deverá ser oficializada nos próximos dias, fazendo parte da estratégia de longo prazo adotada por Lawrence Stroll. O empresário canadense assumiu o controle da equipe Force India F1 em 2018 (imediatamente renomeada como Racing Point) e, dois anos depois, adquiriu também a participação majoritária da Aston Martin Lagonda Global Holdings Plc, a histórica fabricante britânica de carros de luxo que enfrentava dificuldades financeiras.
A partir de 2021, as duas estruturas foram integradas com o lançamento da equipe Aston Martin F1, que, embora formalmente separada da fabricante de automóveis, terá parte de suas ações adquiridas pelos dois fundos de investimento mencionados.
De acordo com o jornal inglês The Times, a estratégia envolve remunerar os principais gestores e superengenheiros da equipe — incluindo, em breve, Adrian Newey — por meio da venda de participações. Essa seria uma maneira legal de contornar o limite de 135 milhões de dólares imposto pelo regulamento do teto orçamentário.
No entanto, isso não significa uma desvinculação de Lawrence Stroll. Ele manterá uma participação significativa nas ações da equipe Aston Martin F1, pela qual seu filho Lance compete, apesar da venda de 20-25% para os fundos HPS e Accel.